1 De dezembro de 1640
No dia 1º de Dezembro assinala-se a restauração da Independência de Portugal. Falecido o cardeal-rei D. Henrique, em 1580, sem ter designado um sucessor, Filipe II de Espanha, neto do rei português D. Manuel, invadiu Portugal e submeteu-o a 60 anos de domínio. Foram três os reis espanhóis que governaram Portugal entre 1580 e 1640 – Filipe I, Filipe II e Filipe III.
A capital do Império passou a ser Madrid e Portugal foi governado como uma Província espanhola.
Como é natural, os portugueses viviam descontentes e compreendiam que só uma revolução bem organizada lhes poderia trazer a libertação. Havia nobres e homens de letras que se reuniram clandestinamente e sob juramento comprometeram-se a guardar sigilo. Prepararam um golpe de estado para derrubar o governo espanhol em Portugal e sentar no trono um rei português.
Então, na manhã do dia 1º de Dezembro de 1640, quarenta homens, de cara tapada, assaltaram o Palácio do Terreiro do Paço, onde residia a Duquesa de Mântua. Procuraram o secretário de estado Miguel de Vasconcelos cuja morte tinha sido inicialmente determinada. Executaram-no, e obrigaram pela força a duquesa de Mântua a ordenar a rendição das forças castelhanas no castelo de São Jorge e nas fortalezas que defendiam o rio Tejo, a torre de Almada e a torre de Belém. Então dessa janela do palácio foi anunciada a independência e a vinda de D. João IV, Duque de Bragança, como rei de Portugal. Apesar de o Duque de Bragança estar em Vila Viçosa, o processo de independência estava em marcha.
D. João IV chegou a Lisboa no dia 6 de Dezembro. Com a vinda deste rei terminou a dinastia filipina e Portugal recuperou a sua independência como Estado autónomo e soberano. Estava iniciada a quarta e última dinastia – a Dinastia de