09 Aulas 13 a 14 Annales 1
Annales
História na Educação I – 2014.2
Coordenadora Profª. Lúcia Garcia
O CRESCIMENTO DE SALVADOR
"O abastecimento de Salvador colonial foi o principal problema enfrentado tanto pelo governo quanto pela população. [...]
Para os senhores de engenho e os ricos comerciantes, comida não era o problema. Como tinham dinheiro, importavam de Portugal presuntos, vinhos, queijos, farinha de trigo, pimenta e vinagre. Na verdade, eram os pobres que sofriam, pois não podiam comprar muitos dos produtos que se vendiam na cidade, e menos ainda mandar trazê-los de Lisboa. [...]
Por que tantos males atingiam a cidade?
Em primeiro lugar, o fato de parte do povo pobre não ter o que comer, ou de, muitas vezes, se alimentar apenas com farinha de mandioca, contribuía para que o organismo ficasse vulnerável à doenças.
Em segundo, a falta de higiene da maioria da população de Salvador ajudava na multiplicação das epidemias.
Não havia asseio na cidade. Os dejetos eram jogados nas ruas e quintais; cada casa abria o seu próprio esgoto. Além disso, o lixo se amontoava nas ruas, junto às casas, e só era retirado quando começava atrair moscas. [...]
[SOUZA, Avanete Pereira. Salvador: capital da colônia, São Paulo: Atual, 1995, p. 31-3. In: DREGUER,
Ricardo; MARCONI, Cássia. História . 4ª série. São Paulo: Moderna, 2001, p. 41]
Texto 3a
A ESCOLA DOS ANNALES1
Da produção intelectual, no campo da historiografia, no século XX, uma importante parcela do que existe de mais inovador, notável e significativo, origina-se da França. Uma boa parte dessa nova história é o produto de um pequeno grupo associado à revista Annales, criada em 1929. Embora esse grupo seja chamado geralmente de a "Escola dos Annales", por se enfatizar o que possuem em comum, seus membros, muitas vezes, negam sua existência ao realçarem as diferentes contribuições individuais no interior do grupo.
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Adaptado de BURKE, Peter. A Escola dos Annales – 1929 – 1989: a Revolução Francesa da