05 BIOSSEGURIDADE
ISSN 1678-0345 (Print)
ISSN 1679-9216 (Online)
Avanços em programas de biosseguridade para a suinocultura
Advances in biosecurity programs in pig production
David Emilio Santos Neves de Barcellos, Tiago José Mores, Mônica Santi &
Neimar Bonfanti Gheller
INTRODUÇÃO
A biossegurança (ou biosseguridade) em suinocultura se tornou uma tecnologia absolutamente primordial e essencial para a sobrevivência das explorações tecnificadas de suínos. O acentuado crescimento e modernização mundial da indústria suinícola nas últimas duas décadas tornaram clara e evidente a necessidade de uma maior e mais detalhada atenção à saúde dos plantéis. O grande aumento no tamanho dos sistemas de produção (granjas ou complexos de granjas e núcleos) trouxe paralelamente um aumento na densidade animal em determinadas áreas geográficas, aumentando a pressão de infecção. Além disso, a intensificação do comércio de animais de uma região para outra, criou uma situação ideal para a multiplicação e disseminação de vários patógenos (principalmente vírus e bactérias) e a ocorrência de surtos de enfermidades que acarretam elevados prejuízos econômicos [53].
Em geral, as doenças podem afetar um sistema ou um rebanho por via direta ou indireta. No caso da via direta, podemos citar como principal meio a entrada de animais doentes ou mesmo portadores sadios. Pela via indireta, pode-se mencionar o ar e o pó como principais meios [42].
A maneira mais efetiva de manter rebanhos comerciais livres ou controlados em relação a agentes de enfermidades de impacto econômico e evitar efeitos negativos à produtividade e/ou saúde pública (zoonoses) é através da utilização de programas de biossegurança, que deverão contemplar todos os aspectos gerais da medicina veterinária preventiva, bem como conter aspectos exclusivos direcionados a cada sistema de produção em particular. A introdução de uma doença em um país, uma região, um sistema ou rebanho é um dos grandes