00

O SENTIDO DA VIDA
DECORRENTE DA
ANÁLISE FENOMENOLÓGICA DO SER HUMANO

Problema:
A partir da análise fenomenológica do ser humano, é possível inferir o sentido da vida?
É possível inferir o sentido da vida a partir das características do ser humano, relevadas na análise fenomenológica?

Aspectos relevados na análise fenomenológica
1. Ser corpóreo: funções da corporeidade:
- enraizamento no mundo (mundanização) - proteção (filtro) de uma dimensão interior feita de sentimentos, idéias, volições - comunicação: instrumento de comunicação - sinal privilegiado de presença ao outro - instrumento de ascese ou de queda moral
2. Ser vivo: corpo biologicamente organizado, animado por um princípio animador imaterial (intrinsecamente dependente ou independente da matéria) Inteligente volitivo
N.B. A interioridade é mais importante da exterioridade

3. Ser de linguagem 6. Ser de ação (faber)
4. Ser social e político 7. Ser lúdico
5. Ser de cultura 8. Ser Religioso

Critério: todo ser funcional a um fim exige a existência do fim para o qual é funcional
Pelo princípio ontológico de razão suficiente (todo ser tem uma razão suficiente de ser ou em si ou em outro ser) todo ser funcional a um fim só tem razão de ser se existe o fim para o qual é funcional.
Assim um jornal cuja razão de ser é informar os leitores, não tem sentido num mundo de analfabetos, um sapato não tem sentido num mundo de seres (ex. peixes) sem pés, não tem sentido construir uma casa num lugar em que ninguém mora.
Assim, a partir da existência de um elemento funcional a um fim é necessário pensar na existência deste fim.
Da mesma forma, se o feto prepara uma série de órgãos (olhos, nariz, orelhas, mãos, pés...) que claramente não tem função durante o tempo da vida fetal, é necessário induzir que devam ser funcionais para finalidades (ver, cheirar, ouvir, pegar, andar...) a serem realizadas em outra fase de vida. Ou seja é legítimo inferir que deva existir outra fase da vida e que