0 Uso do crack
Crack é a droga mais usada em Belo Horizonte, revela ONG Defesa Social
Levantamento mostra que consumo é maior nas regiões Norte e Venda Nova, onde se aproxima de 100%, e ainda no Noroeste e Nordeste da capital. Confira a infografia
Gabi Santos - Repórter - 21/05/2010 - 16:58
CARLOS ROBERTO
Eric Moidinho usou crack até perder a família e os bens, mas conseguiu se recuperar do vício
O crack está se transformando em uma epidemia em todas as regiões de Belo Horizonte, especialmente Norte, Venda Nova, Noroeste e Nordeste. É o que mostram estatísticas da ONG Defesa Social e do Centro de Referência Estadual de Álcool e Drogas. A ONG entrevistou 1.098 pessoas que usam algum tipo de droga, 122 em cada uma das nove regionais. Na Região Norte, o crack é usado por 98% dos entrevistados, enquanto o índice em Venda Nova ficou em 96%. Na Regional Centro-Sul, 45% usam ao crack. No mesmo levantamento foi constatado que a Zona Oeste está em terceiro lugar, onde 92% dos consumidores de droga usam o crack, seguida pela Região Nordeste, com 85%. A ONG Defesa Social havia divulgado, no começo deste ano, que são consumidas por dia, em Belo Horizonte, nada menos que 720 mil pedras de crack, totalizando 180 quilos da droga, vendida em pequenas pedras, de poucos gramas, por R$ 5 ou R$ 10. Os números apresentados pela ONG são próximos aos dos divulgados pelo Cread, órgão do Governo do Estado. Segundo pesquisas feitas pelos funcionários desse setor, de cada cem pessoas que procuraram o centro para recuperação, 10,7 (681 interessados) são da Região Leste; 9,05 (605) da Noroeste; 7,03 (466) da Região de Venda Nova; 7,02 (458) da Zona Nordeste, e 5,07 (366) da Zona Oeste. Robert William, presidente da ONG Defesa Social, e Amaury Costa Inácio da Silva, diretor do Cread, concordam que a cada ano crescem assustadoramente os índices de pesquisas referentes ao uso e dependência de drogas, com destaque para a epidemia de crack que assola as grandes