Livreto Domiciliar CRACK Pesquisa
Capitais do País
Introdução
Em 20 de maio de 2010, a Presidência da República publicou o Decreto nº 7.179, instituindo o
Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, “com vistas à prevenção do uso, ao tratamento e à reinserção social de usuários e ao enfrentamento do tráfico de crack e outras drogas ilícitas”. Em dezembro de 2011, em continuidade às ações do Governo Federal, foi lançado o Programa
Crack, É Possível Vencer, com medidas de integração de ações em três eixos: Prevenção, Cuidado e
Autoridade.
Tais iniciativas foram adotadas em vista da gravidade que o consumo do crack representa aos usuários, seja do ponto de vista social e igualmente da saúde. Apesar do uso dessa droga ocorrer, sobretudo, em locais públicos, com aglomeração de pessoas, é certo que havia uma carência de indicadores e informações mais precisas, não só em relação às grandes metrópoles, mas também no que se refere aos municípios de menor porte.
Dessa forma, como parte do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, foi idealizado, pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), um estudo que pudesse delinear o perfil da população usuária de crack e outras formas similares de cocaína fumada (pasta base, merla e “oxi”) no país e também estimar o número desses usuários, trabalho que foi realizado em parceria com Fundação
Oswaldo Cruz – FIOCRUZ.
Todas as etapas dessa pesquisa foram coordenadas pelos pesquisadores Francisco Inácio Bastos e Neilane Bertoni da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), e foram aprovadas pelo Comitê de Ética da
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/FIOCRUZ), sob o número CAAE 0073.0.031.00011, e também pelos diversos Comitês de Éticas dos Municípios/Estados participantes, quando assim o foi exigido. A amostra desse inquérito domiciliar e a análise dos dados foram realizadas, em conjunto, pelos pesquisadores da FIOCRUZ e pelos professores Matthew Salganik e Dennis