Óde ao burguês
R: O título em si, parecia indicar um canto de triunfo (como eram as odes gregas) à burguesia, mas, na realidade, quando lido, revela sua intenção crítico - agressiva, pois o que se entende, ao pronunciá-lo é “Ódio ao Burguês”.
b) A quem o autor dirige sua crítica?
R: O autor dirige sua crítica à sociedade burguesa.
2.” Ode ao burguês” possui estrofes heterogêneas e versos livres, isto é, sem rima nem métrica, embora apresente ritmo e recursos sonoros. Releia o poema, atentando para esses aspectos formais, característicos do Modernismo. Depois fundamente com exemplos as seguintes afirmações: a) As estrofes do poema são heterogêneas
“Eu insultooburguês! O burguês-níquel o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!”
“Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! Os condes Joões! Os duques zurros!
Que vivem dentro de muros sem pulos, e gemem sangue de alguns mil-réis fracos para dizerem que as filhas da senhora falam o francês e tocam os “Printemps” com as unhas!” b) O poema é livre quanto à métrica e à organização de rimas (você pode escolher apenas uma estrofe do poema para exemplificar sua resposta).
“Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará sol? Choverá? Arlequinal!
Mas as chuvas dos rosais
O êxtase fará sempre Sol!”
3. Dentre os recursos sonoros, podemos ressaltar a presença de rimas dentro um mesmo verso ou em versos seguidos, como ocorre no segundo e no terceiro versos da segunda estrofe.
a) Repare que as semelhanças sonoras presente em “os barões lampeões! Os condes Joões” reforçam o contraste irônico entre imagens de