trabalho literatura (ode ao Burgues )
Mário de Andrade
Professora: Rita
LITERATURA 3°C
Mário Raul de Morais Andrade
São Paulo 1893 São Paulo 1945
É considerado um dos maiores escritores da literatura brasileira. Sua influência foi decisiva para o Modernismo se fixar definitivamente no Brasil.
“Ode ao Burguês” Mário de
Andrade
Características de Ode ao Burguês:
Ode ao Burguês é o nono poema da obra Paulicéia desvairada, de Mário de Andrade foi lido durante a
Semana de Arte Moderna de 1922.
O poema caracteriza uma fase do Modernismo marcada pelo empenho na destruição de um passado literário, político e cultural que mantinha a sociedade brasileira atada a modelos e comportamentos que vigoraram em fins do século XIX.
“Ode ao Burguês” Mário de
Andrade
ODE AO BURGUÊS
Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, o burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
Eu insulto as aristocracias cautelosas! os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros! que vivem dentro de muros sem pulos, e gemem sangues de alguns mil-réis fracos para dizerem que as filhas da senhora falam o francês e tocam os “Printemps” com as unhas!
“Ode ao Burguês” Mário de
Andrade
Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais o êxtase fará sempre Sol!
Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais
Morte ao burguês-mensal! ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
“_ Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
_ Um colar… _ Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!”
“Ode ao Burguês” Mário de
Andrade
Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!