FENOMENOLOGIA E ARQUITETURA

FENOMENOLOGIA E ARQUITETURA A fenomenologia trabalha com a relação do corpo e do espaço e a apreensão dos fenômenos. É um olhar que procura recuperar a ingenuidade de uma criança na forma em que ela se relaciona com o mundo sensorial, sem ter a imposição de preconceitos e significados prévios. Podemos dizer que é uma corrente de pensamento que fundamentou a obra de alguns arquitetos, como Peter Zumthor, Juhani Pallasmaa e Tadao Ando e que dá bases filosóficas para a compreensão dos problemas arquitetônicos, levando a enxergar essas questões de maneira diferente da mais corriqueira, que privilegia apenas e em demasia o sentido da visão, fazendo muitas vezes com que deixemos de desenvolver sensibilidade a todos os outros aspectos que definem o feito arquitetônico. Para isso são usadas estratégias de projeto para que o visitante receba fortes, e ao mesmo tempo sutis impressões visuais (principalmente acústicas e táteis) tais como: manipulação da entrada de luz (natural ou artificial), exposição de materiais translúcidos, opacos, transparentes e o uso da tecnologia digital. Edmund Hursserl foi um filósofo alemão responsável por importantes discussões em torno do tema da fenomenologia. O seu objetivo era discutir o tema filosófico da existência humana. Ele propunha voltar a enxergar as coisas como elas são se livrando dos preconceitos, para atingir um estágio mais elevado da consciência humana. Ou seja, se desvincular de todo o conhecimento. Uma redescoberta dos sentidos…

homem penetra e caminha”. Um espaço arquitetônico pode promover diferentes sensações num indivíduo, é multissensorial, contemplamos, tocamos, ouvimos e medimos o mundo ao nosso redor. A arquitetura reforça nossa sensação de pertencer ao mundo, em vez dos cincos sentidos, ela envolve diversas esferas da experiência sensorial que interagem e fundem entre si. Das coisas percebidas pelo nosso sentido da visão, podemos destacar a luz e sombra, que acompanha a obra desde início e a cor, que…

famoso), independente do material (seja ele mais ou menos frágil) e da época em que foram executadas (seja ela mais ou menos histórica). Será o caráter do espaço - aberto ou fechado - que distingue o tipo de contato do público com as obras de arte? Quem estabeleceu os padrões que impedem ou incitam aproximações? Quando e por que esse toque deixou de ser incentivado e passou a ser proibido? Vale também pensar por que delegamos majoritariamente ao olho toda a possibilidade de captar…

arquitetura passa a produzir sensações e significados, assumindo também uma dimensão simbólica, como resultado de um sentimento de pertencimento do indivíduo com seu lugar de moradia. Neste sentido o espaço arquitetônico se faz presente como abrigo de experiências, e dos hábitos inerentes às diversas formas de morar. A arquitetura é o espaço físico, concreto e palpável que cria um elo entre o homem e o mundo. Dentro desse espaço a vida de cada indivíduo se desenrola no percurso do tempo…

artes cênicas é para ressaltar que o desejo de expressar sentimentos, emoções e histórias, vem de uma necessidade ancestral humana, criada não para apenas para encenar contos ao público, mas também para levar a cultura de seu povo adiante no tempo e espaço. A história do teatro e da dança passa por contextos históricos importantíssimos e talvez fundamentais para sua evolução. Uma escola que ensine algo tão complexo, com tantas vertentes artísticas e culturais, exige um espaço que…

Doutoranda em Arquitetura, Urbanismo e Tecnologia pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos da Universidade de São Paulo (IAU/USP) Kelen Almeida Dornelles Engenheira Civil pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)Mestre em Construção Civil pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)Doutora em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Pós-Doutora pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos da Universidade de São…