A politica do favor - o clientelismo

3- A política do favor : o clientelismo Recebe o nome de clientelismo a prática política de troca de favores, na qual os eleitores são encarados como "clientes". O político concentra seus projetos e funções no objetivo de prover os interesses de indivíduos ou grupos com os quais mantém uma relação de proximidade pessoal, e em meio a esta relação de troca é que o político recebe os votos que busca para se eleger no cargo desejado. Desta forma, clientelismo diz respeito a trocas individuais de bens privados entre indivíduos desiguais, denominados patrões e clientes. A origem dessas relações possui suas raízes na sociedade rural tradicional, assim como nos laços entre latifundiários e camponeses fundados na reciprocidade, confiança e lealdade. O conceito de clientelismo foi muito usado, sobretudo por autores estrangeiros escrevendo sobre o Brasil, sendo que o termo era sempre empregado de maneira um tanto vaga. É possível estender o conceito básico do clientelismo para uma visão mais contemporânea, que se traduz em um tipo de relação entre atores políticos, envolvendo a concessão de benefícios públicos, na forma de empregos, benefícios fiscais, isenções, em troca de apoio político, permanecendo a sua forma básica, que envolve a negociação do voto. Na literatura internacional, é este um dos sentidos em que o conceito é comumente utilizado, onde clientelismo seria um atributo variável de sistemas políticos macro e que podem conter maior ou menor dose de clientelismo nas relações

O clientelismo e a má gestão pública afastam uma grande parcela da população, pois as políticas, serviços públicos e direitos sob esses efeitos não são produzidos ou assegurados de uma forma universalista e impessoal, mas sim privilegiando determinadas pessoas ou grupos. O poder público ao favorecer determinados grupos ou pessoas enfraquece as instituições, gerando a falta de identificação e de credibilidade com essas do restante da população e, por conseguinte a falta de interesse na…

UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO CURSO DE DIREITO TEORIA GERAL DO ESTADO E CIÊNCIA POLÍTICA TEMA: POLÍTICAS PÚBLICAS RIBEIRÃO PRETO 2014 O crescimento da discussão sobre Políticas Públicas hoje em dia, principalmente no meio acadêmico, se da dentre outros fatores pela crescente intervenção estatal nos assuntos do dia a dia da população. Assuntos estes que não são simples, e que menos ainda poderiam ser resolvidos com atitudes simplistas. De uns tempos para cá, a…

Clientelismo e seletividade: desafios às políticas sociais O Clientelismo compromete os princípios da igualdade, à medida que causa certa seleção dos indivíduos beneficiados pelos direitos universais. Graham (1997) relação - Público x Privado = união com base em trocas. Então, o Clientelismo promoveu a sustentação da política brasileira, aparando o Estado e, por conseguinte “beneficiando” o circulo social, que ia desde a família e pessoas mais próximas, à colegas que…

no texto a existência de quatro gramáticas que estruturam as relações sociais e o Estado brasileiro, as quais são: clientelismo, corporativismo, insulamento democrático e o universalismo de procedimentos. Abaixo segue algumas definições dessas quatro gramáticas: Clientelismo: a chamada “troca de favores” onde os eleitores são os clientes, sendo assim esse termo tem origem na sociedade rural tradicional, assim como nos laços entre latifundiários e camponeses fundados na reciprocidade,…

Patronagem, Clientelismo e Redes Clientelares: a aparente duração alargada de um mesmo conceito na história política brasileira1 Alexandre Mendes Cunha* Resumo: O texto reflete sobre a reiteração do fenômeno do clientelismo na história política brasileira. Discute-se de forma crítica com a historiografia a aparente duração alargada desse fenômeno desde o período colonial à história republicana. O ponto fundamental, não obstante, é a percepção do que ao longo do tempo vai se…

Serviço Social Disciplina de Política II Prof.ª : Cleonice Discente: Maria da Graça Lopes Couto Fichamento: O personalismo em Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda e o clientelismo como negação da política 1. Introdução O clientelismo trata-se de uma dos vínculos pessoais que são feitos entre políticos governantes e seus eleitores que consiste justamente na troca de favores por votos. Tal conjuntura corrobora para uma precarização da ordem democrática, pois ao invés de serem…

Departamento de Sociologia e Política CLIENTELISMO: UM DEBATE CONCEITUAL Aluno: Sara Ester Dias ZaruckiOrientador: Paulo d’Avila Filho Apresentação Quando se deu início a pesquisa sobre a câmara municipal do Rio de Janeiro, sua primeira parte foi voltada para a análise dos sítios dos vereadores na Internet. Theófilo Machado Rodrigues, apresentou esse trabalho, no último seminário de iniciação científica em 2006 na PUC - Rio. Neste trabalho foram apresentadas e classificadas…

Fluminense, mestre em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro e PhD em Ciência Política pela UC-Berkeley (EUA). Foi presidente do IBGE, vice-presidente executivo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e membro do conselho de administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É autor também do livro “Educação Superior no Brasil”, que faz um balanço da educação superior do Brasil, reunindo pesquisas desenvolvidas…

Resenha Descritiva: A Gramática Política do Brasil – Clientelismo e Insulamento Burocrático. De Edson Nunes. Buscando mostrar um diagnóstico histórico geral das gramáticas políticas que integram sociedade civil e instituições formais no Brasil, Edson Nunes em sua obra “A Gramática Política do Brasil” define o surgimento, as características gerais e a importância das quatro gramáticas políticas que delineiam as relações brasileiras entre instituições formais e sociedade. Ao iniciar…