Graduando

O PRINCIPIO DA DEMANDA EFETIVA EM MICHAL KALECKI Igor Fernando Oliveira Sá RESUMO O presente trabalho tem por finalidade apresentar e desenvolver a Economia Kaleckiana e o Princípio da Demanda Efetiva na explanação do funcionamento da economia capitalista. A maior contribuição do autor para o entendimento de como funciona e se desenvolve a economia capitalista está em sua formulação do principio da demanda efetiva. Julgava como principal entrave do processo de acumulação das economias capitalistas a questão da realização da produção, onde coloca a demanda como centro das análises. Com base na ideia dos gastos capitalistas (consumo e investimento) o autor formula suas teorias sobre a dinâmica do setor capitalista, sua explicação para os ciclos econômicos e a sua teoria de distribuição. Kalecki divide o sistema econômico em três departamentos: produtor de bens de capital, produtor de bens de consumo para os capitalistas e produtor de bens de consumo para os trabalhadores. Deste modo decorreram todos os determinantes propostos pelo autor e por fim seu modelo completo de economia capitalista. Palavras-chave : Demanda efetiva, kalecki, bens de consumo. ABSTRACT This paper aims to present and develop the economy Kaleckian and the Principle of Effective Demand in the explanation of the functioning of the capitalist economy. The major contribution of the author to understand how it works and develops the capitalist economy is in its formulation of the principle

Acumulação de Capital e demanda efetiva MIGLIOLI, J. (1981) Acumulação de Capital e demanda efetiva, São Paulo: TAQ – Introdução Kalecki escreve sobre a demanda efetiva em 1933. Antes dele havia uma vasta coletânea marxista nas quais o problema da demanda efetiva era conhecido como o problema da realização e como problema dos mercados. Lenin criticou no início do século XX aqueles que colocavam o mercado em primeiro plano nas discussões sobre desenvolvimento capitalista e então o…

absorver a produção crescente resultante da acumulação de capital. (MIGLIOLI, 1979, pág. 97). Dado que os trabalhadores recebem o equivalente não ao seu trabalho, mas à sua força-de-trabalho essa crescente demanda não poderia vir deles. A solução proposta por Rosa é a contínua exportação para “mercados externos” ao capitalismo, que seriam basicamente países em que predominasse uma “economia natural” e gastos de governo. Estaria aí a sua explicação para o imperialismo. Ao contrário do…

1). 2. Vertentes da Economia Krugman, Wells e Olney (2010, Introdução e cap. 1); Dillard (1993, cap. 1); Keynes (1980, cap. 24). 3. Introdução à Macroeconomia Vasconcellos e Garcia (2008, cap. 8). 4. Introdução à Contabilidade Social Vasconcellos e Garcia (2008, cap. 9). 5. Conceitos básicos da macroeconomia Krugman, Wells e Olney (2010, cap. 15). 6. O mercado de trabalho e o desemprego Kennedy (2004, cap. 3). 7. Ferramentas quantitativas básicas Krugman, Wells e Olney (2010,…

comunistas. Ruy afasta essa ideia e defende a hipótese alternativa de que a somatória de promessas não cumpridas pelo modelo de desenvolvimento com o despotismo do regime de acumulação fez com que o fordismo periférico, em vez de promover um suposto consentimento ou uma passividade, tenha provocado, no caso brasileiro, uma inquietação operária que resultou em organizações de greves, mobilizações de bairros, pressão sobre as lideranças sindicais, participação coordenada em…

cabo por indivíduos que encontravam terreno fértil para sua pregação” (Haddad, 1998, p.13). O desenvolvimento econômico, antes de ameaçar o sistema capitalista, o legitima, ampliando o grau de liberdade de seus gestores na costura de acordos, alguns sólidos, outros mais frágeis, entre os diferentes agentes sociais. A luta de classes aguça, afrouxa, recrudesce e se volatiliza numa arena que é tão maior, e portanto, permite movimentos menos circunscritos, quanto mais intenso é o grau de…

total rejeição da teoria do valor-trabalho, assim como, também, de toda a distinção entre o valor de uso e o valor de troca. Pergunta: N° 4 4-A lei dos mercados, também conhecida como lei de Say, costuma ser apresentada com Qual enunciado? Resposta: N°4 "A oferta cria sua própria procura".  Referências e indicações bibliográficas BEST, Ivan. Jean-Baptiste Say: L'entrepreneur au centre. Challenges, N° 67, 15 février 2007, p. 49. Nancy Gorgulho.…

MIGLIOLI, Jorge. Acumulação de Capital e Demanda efetiva. Editora Queiroz – São Paulo. RESENHADO POR JACKSON CARNEIRO VIANA (ECONOMIA/UFPI) ACUMULAÇÃO DE CAPITAL E DEMANDA EFETIVA Capítulo 1 – A longa Vida da Lei de Say A Lei de Say não passava de uma concepção pretensiosa do economista francês Jean Baptiste Say passada adiante dentro do corpo da Economia Política Clássica por David Ricardo, que não apenas aceitou como procurou aplicá-la coerentemente nos estudos de certos problemas que…

particularmente, da repercussão da lei dos mercados. E, convenhamos, tornar acessíveis para muitos idéias antes consideradas obscuras e mal compreendidas é, por si só, algo mais do que meritório em qualquer campo do conhecimento. E isso é reconhecido até por economistas que possuem pontos de vista bastante antagônicos a Jean-Baptiste Say, tais como Marx, Keynes e Kalecki. A quem tiver interesse de ver mais a esse respeito, sugiro a leitura dos capítulos iniciais do livro Acumulação de…

passa a ser a tragédia súbita que desorganiza a vida das famílias de classe média e a auto-estima do trabalhador; assim: “O fracasso não é mais a perspectiva normal apenas dos muitos pobres e desprivilegiados; tornou-se mais conhecido como um fato regular nas vidas da classe média.” (p. 141). Assim, o autor afirma que a sensação de fracasso, a constante incerteza e as mudanças rápidas corroem não só o trabalhador, mas o seu caráter, a família e mesmo suas perspectivas de vida.…