A sociologia da ciência em Robert Merton e Pierre Bourdieu

da ciência e sociólogos passam a dar uma visão que hora se inclina à autonomia epistemológica, hora cai para lados mais obscuros relativistas, como podemos ver nos trabalhos de Thomas Kuhn de um lado e Bruno Latour de outro. O pioneiro na investigação sociológica da ciência foi Robert Merton, que assume essa posição ao observar a relação entre as estruturas sociais e a atividade científica. Busca compreender de que forma as ações dos cientistas estão conectadas com o âmbito cultural, através de seu conceito de ethos científico, abrindo portas para que outros pudessem também se debruçar sobre o tema. Entre estes, está Pierre Bourdieu, que inicialmente produziu um ensaio sobre o que chama de campo científico, em adequação à sua já conhecida teoria dos campos simbólicos. Desenvolve uma análise do campo científico como um campo de conflitos, um microcosmo no qual ocorre uma luta constante por capital científico, que locará o cientista dentro das posições hierarquizadas do campo. Diante desse quadro referencial, podemos notar congruências e divergências entre Merton e Bourdieu, a níveis epistêmicos, teóricos e sociológicos. A autonomia científica é um debate comum a ambos, assim como a discussão da análise externalista ou internalista da atividade científica e as hostilidades que a prática científica poderia sofrer. Seria a atividade científica uma comunidade que compartilha crenças e um ethos cultural, ou seria um campo conflituoso galgado por disputas por poder? A…

Columbia University, quando Paul Lazarsfeld foi convidado por Robert Merton para auxiliá-lo na avaliação das respostas de ouvintes de um programa de rádio, como parte de um estudo realizado com um grupo de pessoas sob determinado tema de interesse. Naquela época o focus group era conhecido por focussed interviews. A partir dos ouvintes dos programas de rádio, eram selecionados os participantes para discutir o tema central de interesse definido pela Columbia University. O moderador que…

BREVE HISTORIA DO FOCUS GROUP O focus group, embora encontre as suas raízes históricas em Robert King Merton, mais precisamente no ano de 1941, é uma forma de recolha de dados que só a partir da década de 1980 se desenvolveu mais intensamente como importante estratégia de pesquisa por parte dos cientistas sociais. Merton fazia parte de um daqueles grupos de cientistas que defendia a idéia de que as perguntas fechadas nem sempre proporcionavam respostas mais exatas, dizendo que os…

(Profº. P. A. Altermatt) Thomas Merton o centenário do monge-poeta Ir. Águeda Libanio de Araújo Mosteiro N Senhora da Glória Uberaba-MG, Brasil THOMAS MERTON: O CENTENÁRIO DO MONGE-POETA INTRODUÇÃO Tenho a imensa alegria de ser humano, de pertencer a uma espécie na qual o próprio Deus se encarnou. Como se os pesares e estupidez da condição humana…

Aula 08/04 – Robert Merton e a Teoria da Anomia Anomia: sem lei. Iniquidade, injustiça, desordem. Durkheim vai descrever momentos da evolução social em que determinadas situações não estavam dirigidas por regras (como a revolução industrial no séc. XVIII e XIX). Situações de desregulação. A anomia é uma situação de desintegração das normas sociais (Durkheim) Três situações de anomia para o estudo da criminalidade: transgressão da norma (delinqüente); conflito de normas,…

Alexander vai deixar claro sua opinião sobre as vantagens dos clássicos que seriam: a simplificação da discussão teórica, permitindo uma discussão sem necessidade de explicar certos critérios, sendo a importância dos clássicos incontestável, além de que, referências aos clássicos podem ser utilizadas de forma estratégica e instrumental. Assim, a afirmação de Luhmann de que “A necessidade funcional de clássicos surge da necessidade de integrar o campo do discurso teórico” (Luhmann, 1984)…

frequência usa-se um termo para diversos conceitos, ou um conceito para diversos termos. Inicia com discussão “função” 1 – uso popular (reunião publica) – O prefeito não apoia tal função social 2 – equivalente ao termo ocupação – economistas – analise funcional de um grupo 3 – linguagem popular e ciencia politica – dar significado as atividades realizadas por um ocupante de uma situação social 4 – usada na matemática 5 – usada na biologia – fundamental na análise…

Recorrer a eles para tentar enfrentar problemas contemporâneos não é esbarrar num esforço estéril de erudição, ao contrário, é equilibrar as teorias recentes aos textos canônicos (Farias, 2007a). “Os clássicos são, assim, obras reveladoras de agentes capacitados a sínteses dessa envergadura. Sua “classicização” ocorre, exatamente, porque as suas respectivas interpretações galgam a se tornar chaves ao fazer e refletir científicos” (Farias, 2007a:6). Portanto, acreditamos, tal…

Recorrer a eles para tentar enfrentar problemas contemporâneos não é esbarrar num esforço estéril de erudição, ao contrário, é equilibrar as teorias recentes aos textos canônicos (Farias, 2007a). “Os clássicos são, assim, obras reveladoras de agentes capacitados a sínteses dessa envergadura. Sua “classicização” ocorre, exatamente, porque as suas respectivas interpretações galgam a se tornar chaves ao fazer e refletir científicos” (Farias, 2007a:6). Portanto, acreditamos, tal…

Recorrer a eles para tentar enfrentar problemas contemporâneos não é esbarrar num esforço estéril de erudição, ao contrário, é equilibrar as teorias recentes aos textos canônicos (Farias, 2007a). “Os clássicos são, assim, obras reveladoras de agentes capacitados a sínteses dessa envergadura. Sua “classicização” ocorre, exatamente, porque as suas respectivas interpretações galgam a se tornar chaves ao fazer e refletir científicos” (Farias, 2007a:6). Portanto, acreditamos, tal…