A importância dos clássicos na sociologia moderna
Julia Baerlocher Carvalho 1Graduanda em Ciências Sociais na Universidade Federal de Pernambuco
O tema que será abordado nesse ensaio se baseia no texto de Jeffrey C. Alexander sobre a importância dos clássicos, que se encontra dentro do livro “Teoria Social Hoje” de Anthony Giddens e Jonathan Turner. O aspecto crítico do texto em relação aos clássicos foi algo realmente peculiar em nossos estudos. Assim, será levantada a questão: Os clássicos são realmente supervalorizados na sociologia? Com isso, será iniciada a busca por uma definição se os clássicos são realmente importantes, passando pelas ideias favoráveis e as contrárias, e por toda a série de questões que essa definição implica.
Jeffrey C. Alexander vai deixar claro sua opinião sobre as vantagens dos clássicos que seriam: a simplificação da discussão teórica, permitindo uma discussão sem necessidade de explicar certos critérios, sendo a importância dos clássicos incontestável, além de que, referências aos clássicos podem ser utilizadas de forma estratégica e instrumental. Assim, a afirmação de Luhmann de que “A necessidade funcional de clássicos surge da necessidade de integrar o campo do discurso teórico” (Luhmann, 1984) seria completamente compreensível e correta, uma vez que essa integração numa ciência como a sociologia que tem muitas bases empíricas, um caráter discursivo, teorias conflituosas, e teorias que geram principalmente debates, em vez de verdades, é fundamental, até mesmo para criar limitações e parâmetros teóricos e metodológicos. Obviamente, não se está a sugerir que os grandes clássicos da sociologia restringem a amplitude do campo da mesma, por outro lado, eles são os responsáveis por dar noções mais exatas de como criar conceitos, de como observar a sociedade e extrair teorias sobre ela; não que todos os cientistas sociais devam construir novas teorias usando simplesmente noções dadas pelos autores clássicos, mas