Gestão de riscos
Atualmente vivemos num mundo marcado por rápidas transformações em diferentes esferas de interação social, a exemplo da cultura, da economia e da política. Essas transformações sociais têm produzido sentimentos compartilhados de inquietação e dúvidas sobre a realidade que nos cerca. Fenômenos como globalização, inovações tecnológicas e informacionais, crise dos Estados Nacionais, multiculturalismo, mudanças nos padrões de
comportamento, feminismo, lutas por reconhecimento social, demandas por justiça e novas formas de mobilização coletiva. Esses e outros fenômenos sociais diversos observados e vivenciados na atualidade tem despertado a consciência coletiva sobre a importância estratégica de desenvolvimento da educação política e da prática de exercício da cidadania na esfera pública. Além de lançar novos desafios para todos aqueles comprometidos com o aprendizado moral coletivo e com a emancipação política de indivíduos e grupos coletivos. E é diante dessas novas exigências de compreensão da sociedade que a sociologia, enquanto ciência da sociedade1 se faz cada vez mais necessária. Nascida no final do século XIX em meio a crescente necessidade de compreensão e explicação racional das transformações em curso durante o processo de modernização das sociedades europeias, a sociologia nos dias de hoje se consolidou como uma ciência, conforme a opinião do sociólogo inglês Anthony Giddens2, de crescente importância social e política e que
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Apesar das diferenças sobre objetos e metodologias, a sociologia pode ser situada no interior dos saberes científicos, uma vez que comumente as teorias sociológicas compartilham a mesma preocupação com o desenvolvimento de arcabouços teórico-metodológicos e com o rigor objetivo em suas investigações. 2 Sociólogo britânico reconhecido internacionalmente, Anthony Giddens desenvolveu importantes estudos sobre o processo de modernização das sociedades ocidentais, destacando o