Marshall Berman Fetichismo E Liberdade

que a articulo, de forma estrita, à ideia da experiência corporal. Mas se a estética aparece com tanta persistência isto se deve, em parte, a uma certa indeterminação de definição, que nos permite topar com ela num leque variado de questões: liberdade e legalidade, espontaneidade e necessidade, autodeterminação, autonomia, particularidade e universalidade, e tantas outras. Meu argumento, lato sensu, é de que a categoria do estético assume tal importância no pensamento moderno europeu porque

fato querem ouvir, mas ela é fortemente alienante ao desconsiderar as diversas variáveis que determinam nossa vida e não dependem de nossa vontade (as outras pessoas, por exemplo...) e leva as pessoas a um forte sentimento de culpa: “se eu tinha a liberdade para determinar minha vida, veja o que eu fiz dela”. O apelo à transformação instantânea e que só depende da própria pessoa é evidentemente adequada a uma cultura narcísica. A literatura de auto-ajuda é um grande objeto de estudo…

MARSHALL BERMAN TUDO QUE É SÓLIDO DESMANCHA NO AR 1 A AVENTURA DA MODERNIDADE Tradução: CARLOS FELIPE MOISÉS ANA MARIA L. IORIATTI Consultor desta edição: FRANCISCO FOOT HARDMAN 1ª reimpressão COMPANHIA DAS LETRAS 2 Copyright © 1982 Marshall Berman Publicado originalmente por Simon and Schuster Título original: All That is Solid Melts Into Air Tradução: Carlos Felipe Moisés (Prefácio, Introdução, Capítulos I, II e III) Ana Maria L. Ioriatti (Capítulos IV e V) e…

serviços. Paralelamente, as escolas necessitam fortalecer os estudos sobre a história e cultura local. Ulpiano Meneses discute de forma consistente a questão do uso da cultura. Coloca como temas para reflexão problemas como a sinalização das cidades, o fetichismo da cultura, o consumo do bem cultural, a falta de raízes dos turistas, ou seja, põe em debate o tipo de turismo que praticamos. Em sua análise, as alternativas para o desenvolvimento do lugar através do turismo não são…

permitida a reprodução desta publicação, desde que sem alterações e citada a fonte. Disponível também em: www.pol.org.br. 1ª Edição 2009 2ª Edição - revista 2010 Projeto Gráfico Luana Melo Diagramação Érika Yoda e Luana Melo Revisão Joíra Coelho Liberdade de Expressão - Agência e Assessoria de Comunicação atendimento@liberdadedeexpressao.inf.br Coordenação Geral/CFP Yvone Duarte Edição Priscila D. Carvalho – Ascom/CFP Produção Verônica Araújo – Ascom/CFP Gustavo Gonçalves – Ascom/CFP…

forma social de admirável utilidade. Proporciona ao homem um esquema mediante o qual pode inequivocadamente demonstrar a sua submissão ao geral, a sua obediência às normas da sua época, da sua classe, ou do seu circulo próximo. Compra assim, a liberdade que a vida em geral garante para, retrogressivamente, se concentrar cada vez mais nas suas interioridades e essencialidades. Vimos necessidade em entender de onde provinham as informações ou experiências que alimentavam as…

preciso destruir o antigo, os valores tradicionais, os mitos religiosos e os modos de vida costumeiros. Assim, a idéia de destruição criativa5 está intimamente associada à idéia de modernidade e de progresso (KRISHAN, 1997; HARVEY, 2005a). Marshall Berman (1986) define a modernidade como um conjunto de experiências vitais – experiências de tempo, de espaço, de si e dos outros – compartilhado pela espécie humana nos últimos séculos. A modernidade é uma espécie de vivência e percepção…

com sofrimento (por ex., sintoma doloroso) ou incapacitação (por ex., prejuízo em uma ou mais áreas importantes do funcionamento) ou com um risco significativamente aumentado de sofrimento atual, morte, dor, deficiência ou uma perda importante da liberdade. Além disso, essa síndrome ou padrão não deve ser meramente uma resposta previsível e culturalmente sancionada a um determinado evento, por exemplo, a morte de um ente querido. Qualquer que seja a causa original, ela deve ser…

a discussão em torno da modernidade antecede o século XVIII, ultrapassando fronteiras temporais e espaciais. Para Berman a modernidade teve início no século XVI a partir do Renascimento até o Iluminismo, passou por mais duas fases, a que vai da Revolução Francesa e suas conseqüências e a que se desenvolve no século XX quando a modernidade se expande mundialmente (BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desman­ cha no ar. São Paulo: Companhia das Letras, 1986, p.17). 2Na época…

Viajes y Descubrimientos en la Edad Media, Editorial Sintesis, Madri, 1994; Michel Mollat, Los exploradores dei Siglo X III al XVI (Prtmeras miradas sobre Nuevos Mundos), trad. de Lígia Arjona Mijangos, Fondo de Cultura Econômica, México, 1990; Marshall Sahlins, Ilhas de história, trad. de Bárbara Sette, Jorge Zahar Editor, Rio e Janeiro, 1990; André Lévy, Novas cartas do Extremo Ocidente-. 1866-1906, trad. de Luiz Paulo Rouanet, Companhia das Letras, São Paulo, 1988. 14 A METÁFORA DA V I A