Dos EUA a Paris: a peregrinação contínua

esforços para esgotá-la de livros como Americans in Paris, de George Wickes (Da Capo, 1969), Sylvia Beach and The Lost Generation, de Noel Riley Fitch (Norton, 1985), sem contar as memórias e biografias dos seus mais ilustres protagonistas. Bem menos se escreveu sobre a geração de artistas e intelectuais norte-americanos que para lá se mandou depois da 2ª Guerra Mundial. Quatro anos atrás, Cristopher Sayer – Lauçanno, jovem acadêmico americano conhecido por uma biografia do escritor Paul Bowles, engrossou a minguada bibliográfica dos “ameuropeus” pós -45 com um estudo parcialmente ambicioso, centrado em algumas figuras-chave como os escritores negros Richard Wright, James Baldwin e Chester Himes, mais Lawrence Ferlingheti, Harry Mathews, John Ashbery, a patota beatnik de Allen Ginsberg e William Burroughts, os jovens recém formados em Harvard e Yale que se arriscam no campo editorial lançando revistas como Points, Zero, Merlin e The Paris Review (a mais bem sucedida, até hoje em circulação), e a dupla hollywoodiana Irwin Shaw-James Jones. Originalmente intitulado The Continual Pilgrimage (a peregrinação continua), chega às nossas livrarias na terça-feira, traduzido pela José Olympio, com o título de Escritores Norte Americanos em Paris, 1944-1960 (420 páginas sem preço definido). Embora com menos fofocas e mais análise literária do que seus congêneres costumam oferecer, não chega a frustrar inteiramente o leitorado mais frívolo e alcoviteiro. Seria melhor, ou pelo…

Lulu Santos (co-autor, junto com Antonio Cicero e Sérgio Souza, do hit O Último Romântico, de 1984). Em 1982, participou de Tabu, filme de Júlio Bressane. De 1991 a 1992, Antonio Cicero coordenou, em colaboração com o poeta e professor de Filosofia da Universidade Federal Fluminense, Alex Varella, os cursos de Estética e Teoria da Arte do Galpão do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). Em 1993, concebeu, em colaboração com o poeta Waly Salomão e com o patrocínio do Banco…

tecnológicos e epistemológicos do maquinismo da modernidade (Subirats). A arte pós-moderna vai se diferenciar dos movimentos do alto modernismo, por preferir formas lúdicas, disjuntivas, ecléticas e fragmentadas. A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário da pós-modernidade, não se estruturando mais na parodia (o escárnio do passado), mas no pastiche (a apropriação do passado). A única possibilidade, já que tudo já foi feito, é combinar,…

acessível, em contraste com a voz politicamente nostálgico e poeticamente obscuro de TS Eliot. Sua partida para a América, em 1939, foi muito debatida na Grã-Bretanha (uma vez que, mesmo no Parlamento), com alguns críticos que a tratam como uma traição, eo papel do jovem poeta influente passado para Dylan Thomas, apesar de defensores, como Geoffrey Grigson, em uma introdução à uma antologia de 1949 da poesia moderna, escreveu que Auden "arcos sobre tudo." Sua estatura foi sugerido por…

na verdade – um espelho?". Assim, o leitor é chamado a trilhar as veredas de uma devassa da alma humana. Espelho, como nos diz a etimologia, vem do latim speculum, termo de onde se derivou também especulação, que designava para os antigos o hábito de olhar as estrelas com o auxílio de um instrumento, o espelho. Hábito intelectual que gerou um outro, a consideração, que significa literalmente: "olhar o conjunto de estrelas" (sidus-sideris). Perde-se na poeira dos tempos, a presença do…

apresentado como uma conferência no W hitney M useum , em 1982. Fredric Jameson ampliou e desenvolveu seus principais tópicos no longo ensaio "P o stm o d ernism o r the Cultural Logic of Late Capitalism", recentemente publicado na New Left Review (n.º 146, julho-agosto 1984). 16 ós-modernidade" é até hoje um conceito pouco aceito ou compreendido. Algumas das resistências a ele podem ser atribuídas à falta de familiaridade com as obras que abrange e que são encontráveis em todas as…

por Thomas Hariot em A Brief and True Report of the New-Found Land of Virginia [Um Breve e Verdadeiro Relatório sobre a Terra Re­ ém-Descoberta da Virgínia] (1588). c O livro de Hariot logo foi tradu­ ido para o latim, z francês e alemão; o texto e as ilustra­ções, trans­for­ mados em gravuras,foram reproduzidos por mais de 200 anos. O principal relato da colônia de James­own, t os escritos do Capitão John Smith, um de seus líde­ es,é o opos­o do trabalho preciso e cien­í­…

qual depende o desfecho do enredo, sugere a bela relação entre arte e natureza na poesia. De forma significativa por estes tempos (a chegada dos primeiros colonos na America), The Tempest é (embora não aparentemente) ambientada nas Ilhas Bermudas, como as pesquisas em ‘‘Bemuda Pamphlets’’ (1609) têm mostrado, ligando Shakespeare à Virginia Company itself. Os sonetos foram introduzidos na Inglaterra por Thomas Wyatt no início do século 16. Os poemas pretendiam ser transformados em…

falácia bem feita... bom ele é, mas a gente se pergunta, e dai? 10 DE DEZEMBRO DE 2008 11:04 Antonio Cicero disse... Marcone, Pois eu basicamente concordo com o que o Cioran diz. Aliás, o Michel Tournier, num post antigo deste blog, diz o mesmo. Dê uma olhada. Abraço 10 DE DEZEMBRO DE 2008 11:18 Anônimo disse... Cicero, A meu ver o Cioran "de fato", aquele que se tornou uma das minha companhias literárias preferidas, é o Cioran dos 'Cahiers', de seus cedernos de…

Teresópolis. Mesmo dito por um poeta de leitura absolutamente plana e sem cor, este poema ainda seria iridescente, precariamente sentimental em sua elegante dicção de um confessionalismo retraído, vagamente envergonhado. É que se trata de um bilhete de amor tão íntimo quanto impressivamente bem faturado. Seu tom é, algo, explícito. Embora nunca em voz alta. É como se entredetesse uma partitura. Como se se expandisse na cifra mesma. Ele tenciona sua própria forma de ser conversado. Não…