A invenção das tradições

Tradições, bons costumes a manter.1 Nascido em Alexandria, Eric John Ernest Hobsbawm foi um historiador marxista de nacionalidade britânica, seus estudos foram voltados ao desenvolvimento da tradição. Em 1933, fugindo das perseguições nazistas e também por que havia ganhado uma bolsa para estudar na Universidade de Cambridge, Hobsbawm mudou-se para Londres e lá se formou em historia. Ele dedicou-se a interpretação do século XIX, estes estudos resultaram em publicações importantes como "Era das Revoluções" (1789-1848), "A Era do Capital" (1848-1875) e "A Era dos Impérios" (1875-1914). Faleceu de pneumonia em Outubro de 2012, na cidade de Londres. O autor relata que as tradições são inventadas por elites nacionais, em um determinado espaço de tempo nao definido, se apresenta como um ritual ou de forma simbolica e tem por objetivo inserir certos valores e normas de comportamento através da repetição, dando sequência a idéias do passado. Além das tradições inventadas existem os costumes que apresenta uma complexibilidade implicita e comprometimento formal com o passado. Os historiadores nao conseguem localizar o momento preciso que ocorreu a invenção destas tradições, porem imagina-se que ela ocorra quando acontece uma transformação rapida da sociedade, ou seja, ela se moderniza e com isto as tradições existentes se fragilizam trazendo a necessidade de inventar outras ou firmar as tradiçoes já existentes. As tradições podem se inverter, não por serem velhos costumes

HOBSBAWM, Eric, RANGER, Terence (Eds.), A invenção das Tradições, Editora Paz e Terra S.A., Rio de Janeiro, (1983) 1997 Traduzido no Brasil para a língua portuguesa há quase dez anos, o ensaio A invenção das Tradições cujos editores são Eric Hobsbawm e Terence Ranger partiu de uma conferência organizada pelo periódico especializado em assuntos históricos Past & Present. Grande impulsionador do estudo sobre o período entre a Revolução Francesa e a Revolução Industrial britânica,…

Brasília: Editora UNB Introdução: Definições do Problema Parte 1 A Lógica do Imaginário: Representações e Simbolização Parte II A Prática do Imaginário: O Espaço e o Tempo, Romances do Objeto Parte III A Prática do Imaginário: Fragmentos de Um Discurso Antropológico — — — O livro detalha o imaginário moderno surgido no Renascimento a partir da combinação do símbolo, do tempo e do espaço tal como hoje os concebemos. HOBSBAWM, ERIC e RANGER, TERENCE (ORG). 1984. A Invenção…

1986. Ler primeira parte, páginas 9 a 64. 3. Idem. Segunda parte. pp. 65 a 101. 4. DA MATTA, R. Relativizando: uma introdução à Antropologia Social. Petrópolis, Vozes, 1984. Ler principalmente a terceira parte, pp. 143-173. 5. ROCHA, Everardo. O que é etnocentrismo. SP, Brasiliense, Coleção Primeiros passos, 1984. p.7-36 http://ebookbrowse.com/o-que-c3a9-etnocentrismo-everardo-rocha-pdf-d383848778 http://www.taddei.eco.ufrj.br/AntCom/Rocha.pdf 6. GEERTZ, Clifford. “Uma…

Tradições que se refazem Ria Lemaire O conceito de tradição que hoje conhecemos teve sua acepção construída ao longo do tempo, por meio de uma série de ressignificações, de acordo com mudanças em seu uso no cotidiano, ou mesmo em seu emprego na criação de uma epistemologia acadêmica. Percorrendo os significados do termo, nós remontamos ao latim traditio, derivado da forma verbal traditum, do verbo tradere, composto de trans e dare, quer dizer, dar, passar ou fazer passar a alguém,…

A REINVENÇÃO DA TRADIÇÃO: a literatura de cordel no século XXI Éverton Diego S. R. Santos a poesia está morta, mas juro que não fui eu. José Paulo Paes A Literatura de Cordel é uma tradição brasileira, com sua produção originalmente concentrada na região nordeste. De suas controversas origens, é de comum acordo entre os pesquisadores e cordelistas que suas raízes, ao menos no que diz respeito à forma editorial, são europeias, mais especificamente portuguesas, trazidas para o…

de formas primitivas de economia. Desde o surgimento do homem na terra até sua forma atual, homo sapiens, já se passaram aproximadamente um milhão de anos. O homem, durante muito tempo, viveu como animal predatório. Caçar, pescar, colher frutos silvestres e matar outros homens para alimentar-se foram, durante longo tempo, as únicas formas de que dispunha para sobreviver. Com o passar do tempo, técnicas e habilidades particulares foram inventadas e aperfeiçoadas - cortar pedras, fabricar…

mundo moldando cada um dos limites. Foi literalmente inventado pelo homem. Para aproximar o entendimento sobre este fenômeno é interessante recorrer a idéia de Hobsbawm de tradição inventada. O autor aponta para o fato de que durante as profundas transformações sociais vividas no século XIX , “Grupos sociais, ambientes e contextos sociais inteiramente novos, ou velhos, mas incrivelmente 22 ARENDT, Hannah. A condição humana. p. 59. transformados, exigiam novos instrumentos que…

FESTA DO CARREIRO COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL DO MUNICÍPIO IBIRAJUBA (PE): HOMEM, HISTÓRIA E RELIGIOSIDADE BRUNO RODRIGUES TORRES¹ MARIA GISEUDA DE BARROS MACHADO² RESUMO A Festa do Carreiro no município de Ibirajuba (PE), tem sido buscada historicamente na evocação de memórias, simbolismos e práticas culturais do homem do campo que faz uso docarro de boi, haja vista que marca presença do plantio à colheita, à cultura festiva, a religiosidade, à manutenção da vida com a…

particularmente de São Luís, enxergaram nessa projeção de personalidade, um instrumento de permanência de seus privilégios num contexto de recente mudança política pela qual se perpassava. É importante ressaltar que a busca por uma especialidade inerente ao Maranhão, no caso a São Luís, não foi algo novo no que se tratando da “Athenas Brasileira”. Antes dessa atribuição, a que devo chamar no decorrer do trabalho, é vista também durante o período colonial, quando elites maranhenses…