Para além da integração

América Latina, como uma promessa para a resolução dos problemas enfrentados (CUNILL-GRAU, 2014). Em um artigo chamado “La intersectorialidad en las nuevas políticas sociales: Un acercamiento analítico-conceptual”, publicado no ano de 2014, a professora e pesquisadora chilena Nuria Cunill-Grau efetua uma revisão dos conceitos e usos da intersetorialidade. Para o nosso intuito com este trabalho, vamos nos ater ao conceito de setores como as “especialidades do conhecimento que se expressam no aparato governamental através da organização funcional por setores, tais como educação, saúde, agricultura, etc.” (CUNILL-GRAU, 2014), sendo a intersetorialidade então a relação entre distintos setores governamentais. Neste mesmo sentido, Junqueira, Inojosa e Komatsu (1997, pg 22) afirmam que a organização administrativa no Brasil é setorializada, nos três níveis de governo, significando uma organização que reflete a especialização de saberes, funções e modos de intervenção. Para Cunill-Grau, a intersetorialidade contempla um sentido de aumento da eficiência, economia e cobertura dos serviços públicos de um lado, mas está pautada principalmente na assunção que o problema que se quer enfrentar, que levou à ação, é um problema complexo e multicausal, estando a intersetorialidade então a serviço de abordar a integralidade de um problema social cujas causas, além de seres complexas e multicausais, guardam também relações entre si. Ou seja, é partindo da complexidade do problema é que…