O realismo em portugal

Ensina o filho a ler”… Cesário Verde (in temas oitocentistas ɪ – Joel Serrão) “Jaleca, calça de bombazina azul, chapéu de marchante, pau de chapa, sapatões ferrados e revólver instalado na cinta de três voltas, explorava, na calmaria de Agosto, na compra de fruta para exportação, a ignorância provinciana, as dificuldades de comunicações, a inércia dos ricaços… punha o monóculo, vestia o casaco azul e, sentado à mesa dum café “devasso”… “… Em partir pinhões com uma pedra à porta de casa… Compram-se aos sala mins no padeiro do lugar, um brutamontes de mangas arregaçadas e braços peludos e cheiros de pasta de farinha… os rapazes deitam o pião… I ó condados mineiros! Extensões Carboníferas! Fundas galerias! Fábricas a vapor! Cutelarias! I mecânicas, tristes ficções! in “o matraquear sincopado da máquina” Eça de Queirós “… Mas pungia-me o desejo de poder jantar no Hotel Central com champanhe, apertar a mão mimosa das visses condensas… moços que vos dirigis vivamente a S. Carlos atabafados em paletós caros onde alvejava a gravata de soirée! Tipóias apinhadas de andaluzas…é grato, com o guardanapo ao pescoço, diante do bife de grelha, desdobrar o “Diário de Noticias”… à noite no Martinho, sorvendo aos goles um café, ouvi os verbos, as injurias à pátria …tinha tomado o habito … de comprar na feira da ladra antigos volumes… E vi, … um indivíduo corpulento, todo vestido de preto, de chapéu alto, com as duas mãos calçadas de…