A vontade de saber

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal Ltda., 2001. I Nós, vitorianos Parece que por muito tempo, teríamos suportado um regime vitoriano e a ele nos sujeitaríamos ainda hoje. A pudicícia imperial figuraria no brasão de nossa sexualidade contida, muda, hipócrita. Diz-se que no início do século XVII ainda vigorava uma certa franqueza. As práticas não procuravam o segredo; as palavras eram ditas sem reticência excessiva e, as coisas, sem demasiado disfarce; tinha-se com o ilícito uma tolerante familiaridade. Eram frouxos os códigos da grosseria, da obscenidade, da decência, se comparados com os do século XIX. Gestos diretos, discursos sem vergonha, transgressões visíveis, anatomias mostradas e facilmente misturadas, crianças astutas vagando, sem incômodo nem escândalo, entre os risos dos adultos: os corpos “pavoneavam”. Um rápido crepúsculo se teria seguido a luz meridiana, até as noites monótonas da burguesia vitoriana. A sexualidade é, então, cuidadosamente encerrada. Muda-se para dentro de casa. A família conjugal a confisca. E absorve-a, inteiramente, na seriedade da função de se reproduzir. Em torno do sexo, se cala. O casal, legítimo e procriador, dita a lei. Impõe-se como modelo, faz reinar a norma, detém a verdade, guarda o direito de falar, reservando-se princípio do segredo. No espaço social, como no coração de cada moradia, um único lugar de sexualidade reconhecida, mas utilitário e fecundo: o…

Foucault, Michel. A vontade de saber (1970-1971). In: Resumo dos cursos do Collège de France (19701982). Tradução de Andrea Daher; consultoria de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997, p. 11-16. a) O que significa o projeto foucaultiano de realizar uma “morfologia da vontade de saber”? – Morfologia: as diversas (e sucessivas) expressões do que vem a ser o conhecimento. – História da Razão (progresso/triunfo da verdade sobre o erro) versus História dos Sistemas de…

RESENHA DO LIVRO HISTÓRIA DA SEXUALIDADE VOL I – A VONTADE DE SABER (MICHEL FOUCAULT) Resenha para o Curso Período: Noturno 2010 1- Nós Vitorianos Neste capítulo inicial, Foucault aponta no que concerne às teorias que colocam o sexo em discurso, um caráter a interpretá-lo como uma história de crescente repressão, ou “uma hipótese repressiva”. Questionar, passar em revisão os discursos que sustentam essa hipótese…

Historia da Sexualidade Livro I –A vontade do Saber No capitulo,’nós vitorianos’,Foucault questiona a sexualidade atual comparando a com a sexualidade na sociedade do século XVIII: “As práticas não procuravam o segredo;as palavras eram ditas sem reticência excessiva e,as coisas,sem demasiado disfarce,tinha-se com o ilícito uma tolerante familiaridade (...)” pag.9,dada essa comparação são levantadas os argumentos para afirmar a repressão ao sexo na sociedade do século XIX tais como…

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: A Vontade de Saber. II- A Hipótese Repressiva e A Implantação Perversa. Nesse texto, Foucault busca desconstruir a hipótese da repressão sexual, a partir de seu método que é a análise de discurso. No século XVII o sexo é reduzido a linguagem e ocorre uma verdadeira explosão discursiva sobre ele, com isso definiu-se onde, quando, com quem e quais situações é possível falar dele. Foucault afirma que foi o próprio poder que incitou essa…

ego e à nossa personalidade. Ele representa a nossa relação com a vontade e o poder e é reconhecido como o centro destes dois fatores. A falta de equilíbrio é gerada quando estes fatores ganham uma importância exacerbada em detrimento de outros valores, como o amor e a doação, por exemplo. É o chacra regulador das nossas vontades de saber, aprender e comunicar. Desequilíbrios neste chacra podem gerar sentimentos de inferioridade, posse, ambição desmedida, inveja e ansiedade. Já o chacra…

poderia passar horas falando sobre cada detalhe seu que eu amo. Poderia passar dias só te beijando e abraçando. Ou semanas te agarrando. Poderia passar meses com você. Só com você. Te mimando, te agradando, te querendo. Mas a verdade é que eu poderia passar vidas, só te amando. Compartilhar mensagem Foi amor. É amor Não foi desejo. Nem vontade, nem curiosidade, nem nada disso. Foi um choque elétrico meio que de surpresa, desses que te deixa com o corpo arrepiado, coração batendo…

http://www.periodicos.ufrn.br/ojs/index.php/saberes/index 53 DIDÁTICA MAGNA: INFÂNCIA, TRAGÉDIA E NIILISMO Deniz Alcione Nicolay* Resumo: O presente artigo trata da relação histórica entre o conceito de infância na Didática Magna de Comenius e os procedimentos de ensino na Modernidade. A partir de conceitos da filosofia de Friedrich Nietzsche procura analisar a construção dessa infância na Pedagogia Moderna. Assim, constata a ausência de fundamento artístico sobre os…

abordada. A autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal. Autoridade é a capacidade de influenciar as pessoas. É conseguir que outras pessoas façam o que desejamos. A autoridade é conquistada por admiração e respeito. O líder pode conquistar a autoridade através da compaixão, exemplo, experiência, entre outras qualidades. O poder é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade por causa de sua…

ou a transgredir os valores da cidade, e por quê. Ao indagar o que são a virtude e o bem, Sócrates realiza na verdade duas interrogações. Interroga a sociedade para saber se o que ela costuma considerar virtuoso e bom corresponde efetivamente à virtude e ao bem. Interroga os indivíduos para saber se, ao agir, possuem efetivamente consciência do significadoe da finalidade de suas ações, se seu caráter ou sua índole (ethos com epsilon) são realmente virtuosos e bons. A indagação…