É CONVERSANDO QUE AGENTE SE ENTENDE: interação, subjetividade e as possibilidades de controle
CENTRO DE HUMANIDADES - CH
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAS - PPGCS
DISCIPLINA: HISTÓRIA ORAL E MEMÓRIA: TEORIA E METODOLOGIA
PROFESSORA DRA: MARILDA APARECIDA DE MENEZES
ALUNOS: Ana Sávia Farias Ramos Carla Maria Dantas Oliveira Valério Veríssimo Bastos
É CONVERSANDO QUE AGENTE SE ENTENDE: interação, subjetividade e as possibilidades de controle
Campina Grande - PB
Novembro de 2007
Introdução
O objetivo do texto é discutir a subjetividade que permeia a pesquisa orientada metodologicamente pela história oral. O trabalho é baseado nas considerações de Augras (1997), Pereira (2000) e Menezes, Aires e Souza (2004) acerca de exercícios de pesquisa fundamentados neste método. Segundo as autoras, o caráter subjetivo das interações mantidas entre pesquisadores e pesquisados mostra-se como um fator determinante para o exercício de coleta, interpretação e análise dos discursos dos pesquisados.
Neste sentido, parte-se da constatação de que as subjetividades envolvidas nos momentos de interação pelos quais se realizam as entrevistas se constituem como um aspecto fundamental para a delimitação do tipo de exercício de investigação ao qual a história oral se propõe. O percurso que aqui se segue é, portanto, direcionado pela discussão do aspecto subjetivo destas interações, o que se pretende é uma abordagem da forma pela qual as subjetividades envolvidas podem ser operadas enquanto instrumentos cognitivos, considerando ainda as implicações analíticas e metodológicas da adoção desta metodologia de pesquisa.
Consideramos como uma primeira implicação da pesquisa orientada pela história oral, aquela relacionada à qualidade do material de pesquisa que este método produz, como sublinharam as autoras que tratamos, se por muitas vezes o caráter subjetivo da memória foi interpretado pelo seu valor particularizante e desprovido de objetividade (PEREIRA,