óleo de lorenzo

Lorenzo tinha 6 anos quando uma doença foi detectada a partir de diversos problemas mentais refletidos em seu comportamento: a ADL (adrenoleucodistrofia). Os principais sintomas da doença são problemas de percepção, disfunção adrenal, perda de memória, da visão, da audição, da fala, demência severa e perda dos movimentos dos membros. É uma doença transmitida por herança genética ligada ao cromossomo X, ligada ao sexo de caráter recessivo, onde as mulheres são portadoras e que afeta fundamentalmente homens. A ADL é uma doença degenerativa. Ela se caracteriza por causa da atividade anormal dos peroxissomos, acumulando em excesso ácidos graxos de cadeia muito longa constituídos de 24 ou 26 átomos de carbono em tecidos corporais, especialmente no cérebro e nas glândulas adrenais. Consequentemente, há a destruição da bainha de mielina - estrutura atua na proteção e revestimento dos neurônios do sistema nervoso central -, e as transmissões nervosas são afetadas. No filme, quando os pais de Lorenzo Odone - Augusto e Michaela Odone - procuram a cura da ADL, e quando constataram informações relevantes, levaram para os médicos e pesquisadores, mas sofreram preconceitos por serem leigos no assunto, ou seja, não possuem a devida formação acadêmica. Mas os Odone persistiram e descobriram um óleo que misturava dois ácidos graxos insaturados - oléico e erúcico. Para chegar a esta mistura, os pais de Lorenzo estudaram os resultados de muitas pesquisas na época, inclusive feitas em animais. Eles sabiam, por exemplo, que o óleo era tóxico para ratos, levando-os à morte, mas tiveram a coragem de ministrar em seu filho e mostrar ao mundo que o óleo é inofensivo aos humanos e que podia reverter e principalmente evitar os efeitos catastróficos da ADL. As pesquisas com os seres humanos é algo que deveria ser melhor aceito na sociedade contemporânea, desde que haja pessoas voluntárias em prol dos avanços científicos, sem qualquer tipo de obrigação ou indução por terceiros.