Índios na cidade

ÍNDIOS NA CIDADE – Uma realidade ignorada pelo poder público
Não é uma realidade só da cidade de Manaus, mas de todas as capitais brasileiras. Diversas famílias indígenas migram para as grandes cidades por diversos motivos, tais como melhores condições de trabalho, busca por atendimento na saúde, educação de qualidade, aperfeiçoamento profissional, além de outros motivos. A migração dos indígenas acompanha o processo de urbanização vivido por toda a população brasileira.
Muitas são as etnias que estão presentes na cidade de Manaus, tais como, Apurinã, Arapaso, Baniwa, Baré, Carapãna, Deni, Desano, Kambeba, Katukina, Kokama, Marubo, Miranha, Munduruku, Mura, Piratapuya, Sateré-Mawé, Tariano, Tenharim, Tikuna, Tukano, Tuyuca, Waimiri Atroari, Wanano, dentre outras.
Não importa onde os indígenas estão, continuam sendo indígenas, falando ou não a língua, tendo ou não religião, porque jamais perdem sua essência indígena. Entretanto, o Estado não quer enxergá-los assim, nem quer reconhece-los. Na verdade o Estado quer deixá-los invisíveis.
Hoje, há um grande problema que os indígenas enfrentam na cidade de Manaus, que é a luta por moradia. Na capital amazonense existem diversos grupos indígenas que formam aglomerados distribuídos em várias zonas da capital. Muitos vivem em condições sub-humanas, sem acesso a água potável e saneamento básico.
A FUNAI (Fundação Nacional do Índio), SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena), que são órgãos criados para prestar atendimento aos índios, se recusam a atender as demandas dos “índios urbanos”, pois segundo eles, só merece atendimento os índios que residem nas aldeias distantes. Alegam que os índios da cidade já têm acesso a todas as políticas públicas e não necessitam de nada por morar na capital.
A FUNAI também alega que já realizou sua função, que é demarcar as terras para os indígenas, e que não pode fazer nada pelos índios que estão na cidade.
Mas para os índios, não adianta ter somente a terra demarcada, se lá não