ÍNDIOS Bororós
“O nome Bororós é vem de um nome dado pelo homem branco. Nome esse surgido quando os exploradores perguntaram qual o nome da tribo e o indígena teria entendido o nome do local onde estavam, e eles estavam no Bororó = Pátio da Aldeia.”
Os Bororos habitam a região do planalto central de Mato Grosso e estão distribuídos em cinco terras indígenas demarcadas: Jarudore, Meruri, Tadarimana, Tereza Cristina e Perigara. Sua população atualmente é de cerca de 2000 indivíduos, que são tradicionalmente caçadores e coletores, porém adaptaram-se à agricultura, da qual extraem sua subsistência. Destacam-se pela confecção de seus artesanatos de plumagem (cocar e braçadeiras em pena) e também pela pintura corporal em argila.
Cerimônia fúnebre dos bororos.
Atividades econômicas
O sistema econômico bororo caracteriza-se pela combinação das atividades de coleta, caça, pesca e agricultura. O processo de contato acarretou novas formas de relações sociais e econômicas, tais como a possibilidade de trabalho assalariado, a venda de mercadorias ("artesanato") e a aposentadoria. De todo modo, as atividades que os Bororo desenvolvem em seu território ainda estão profundamente marcadas pelo conhecimento da natureza, suas potencialidades e restrições. As pessoas que trabalham juntas numa casa compartilham também a roça. Os homens realizam a maior parte do trabalho na roça: derrubada, queimada e capinagem, enquanto as mulheres só ajudam no plantio e na colheita. As mulheres são responsáveis pela coleta de mel, coco de diversos tipos, frutos do cerrado, ovos de pássaros e de tartarugas. As crianças e às vezes os maridos participam dessas atividades.
Poder dos Bororos
Na estrutura política tradicional, identificam-se três poderes: o Boe eimejera, chefe da guerra, da aldeia e do cerimonial; o Bári, xamã dos espíritos da natureza; e o Aroe Etawarare, xamã das almas dos mortos. Atualmente, há ainda a figura do Brae eimejera, chefe dos brancos,