ética
Aborto
1- Aborto e Dimensão Jurídica
2- Lei do 4Aborto vs Ética
3- Lei do Aborto vs Ética Profissional
4- Sequelas Psicológicas e Sociais decorrentes do aborto na mulher.
Aborto e a sua Dimensão Jurídica
Até 1984, o aborto era proibido em Portugal em todas as situações. A lei 6/84 veio permitir a realização da interrupção voluntária da gravidez nos casos de perigo de vida para a mulher, perigo de lesão grave e duradoura para a saúde física e psíquica da mulher, quando existe malformação fetal ou quando a gravidez resultou duma violação.
Em 1997 esta legislação foi modificada, permitindo alargamento no prazo para situações de malformação fetal e do que até então era chamado por “violação”(lei 90/97).
A restrição da lei e a não resposta por parte dos estabelecimentos públicos, levou ao início da existência de uma atividade de aborto clandestino perigoso.
Como consequência, o aborto foi, durante todos estes anos, a primeira causa de morte materna e a razão que levou milhares de mulheres aos hospitais com abortos retidos/incompletos ou com complicações.
Ao longo de mais de três décadas, muitas organizações, personalidades e profissionais de saúde lutaram por mudanças na lei, de forma a combater o aborto inseguro e ilegal.
Com a lei 16/2007, a interrupção da gravidez pode, hoje, ser feita por opção da mulher até às 10 semanas, a todas as mulheres grávidas que o solicitem, desde que realizado em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido.
Lei do Aborto vs Ética
O Aborto é um dos temas considerados mais difíceis para uma discussão a nível global no ponto de vista de uma abordagem relacionada com a Ética, visto que, envolve aspetos tanto religiosos, legais, médicos como também socioculturais e políticos. No entanto, é possível considerar a existência de duas posições opostas bem delimitadas na discussão sobre o aborto. A primeira, de tipo conservadora, defende o direito moral da vida de um feto. A