Ética e serviço social
No texto, Ética e Capitalismo Tonet introduz falando como hoje está sendo destacado como nunca foi presenciada antes a necessidade do respeito à vida humana, de uma boa relação com a natureza. Em outra direção, nunca se falou tanto da consciência de uma grande problemática no âmbito dos valores, em que se evidencia o caráter individualista, utilitário e imediatista. Para entendermos tais fatos, o autor retoma alguns fatos da história. O ano de 1848 foi marcado pelo início do período de decadência da sociabilidade burguesa. Foi neste ano que a classe burguesa derrotou varias tentativas construídas pelos trabalhadores para erradicar de uma vez a exploração do homem pelo homem. A vitória da burguesia permitiu que esta classe consolidasse totalmente o seu poder político e econômico. Assim, ficando claro que o desenvolvimento da humanidade se daria tendo por base a propriedade privada, dando, portanto, continuidade a exploração do homem pelo homem, observando um aumento intenso da degradação da vida humana. Dessa forma, a desigualdade social torna-se um problema exclusivamente de responsabilidade das relações entre os próprios homens deixando de ser uma questão de escassez de conhecimento de recursos e de tecnologia. Na linha de pensamento de Marx e Lukacs, a sociedade é um complexo de complexos, ou seja, uma totalidade articulada e formada por muitas partes. Entretanto, não há um envolver uniforme e hegemônico do conjunto do ser social. E serão tanto o desenvolvimento da totalidade (momento predominante em relação ao desenvolvimento de cada parte) quanto a sua direção (positiva – homem como sendo um ser social, criativo, livre, responsável por construir uma vida digna – e negativa se tudo isto falado anteriormente se transformar em obstáculo a esse andamento) os critérios mais importantes para determinar o caráter de ascensão ou decadência de uma maneira de sociabilidade. Desde 1848, não podemos discordar que houve um grande desenvolvimento