Ética e Política
Sobre a ética, Locke acreditava que ela tem que ser demonstrada racionalmente, pois não podemos apresentar nenhuma regra moral sem fundamentar através da razão a necessidade dessa regra. Acreditava ainda que os principais fundamentos das regras morais são a busca da felicidade pública e evitar a deterioração da sociedade. Defendia ainda um Estado Democrático e a liberdade dos indivíduos perante esse Estado. As igrejas devem ter liberdade para exercerem seus cultos e o Estado e os indivíduos tem que ser tolerantes com as religiões dos outros Estados e indivíduos. Todas as pessoas tem liberdade sobre suas consciência. O homem em estado natural é governado pelas leis da natureza onde todos são iguais e nenhum indivíduo deve prejudicar o outro. Em seu estado natural o homem tem direito a vida, à liberdade e à propriedade, desde que seja produzida pelo seu trabalho. Tem ainda o direito de usar a força para defender os seus direitos, mas não para ferir os direitos dos outros indivíduos. Esse estado natural pode levar os homens à guerra de todos contra todos e é para evitar essa guerra que surge o estado político que vai criar regras comuns para a convivência pacífica. Essas regras serão criadas por um poder legislativo, mas além dele deve haver um poder que vai executar essas regras, é o poder executivo. Mesmo depois de estabelecidos esses dois poderes, o povo conserva o poder de destituir deles os eleitos que no poder se voltarem contra os interesses do povo.
Política
Assim como Hobbes, o filósofo inglês John Locke também refletiu sobre a origem do poder político e sobre sua necessidade para congregar os homens, que, em estado de natureza viviam isolados. No entanto, enquanto Hobbes imagina um estado de natureza marcado pela violência e pelas “guerras de todos contra todos”, Locke faz uma reflexão mais moderada. Refere-se ao estado de natureza como uma condição na qual, pela falta de uma normatização geral, cada qual seria juiz de sua