Ética e complexidade
UM NOVO PARADIGMA PARA A SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL?
Kellerman Augusto Lemes Godarth
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Lindomar S. de Oliveira
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Dalila da Silveira Pinto
Lidiani Picolotto
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RESUMO
Este ensaio teve sua gênese em alguns textos, de autores consagrados e emergentes, que trouxeram à tona o âmago da ciência: a dúvida. Dallagnelo e Machado-da-Silva (2000) suscitaram se houve ou não a ruptura do modelo tradicional das organizações. Agostinho (2003) corrobora que um novo paradigma não pode ser inferido só teoricamente, e apresenta pesquisa empírica aplicando novas bases cientificas à Administração. Já Silva e Rebelo (2003) apresentam o Pensamento Complexo como a nova via emergente para as organizações. Estes escritos, além das leituras de autores como Chanlat, Morgan, Morín, Pena e Gómez, Vergara e
Branco, Kuhn, Alves-Mazzotti, Lamas e Godoi, Santos, entre outros, despertaram a questão se será mesmo a Teoria da Complexidade, a Ética Empresarial, ou outra nomenclatura entre as que serão apresentadas, uma nova base científica para a garantia da sustentabilidade organizacional.
Palavras-chave: Sustentabilidade organizacional; ética organizacional; paradigma.
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FAMPER. E-mail: kgodarth@gmail.com
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INTRODUÇÃO
Thomas Kuhn (2003) criou o conceito de paradigma, que para ele é direcionado para as realizações científicas, fornecendo problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes. Podemos entender também como modelos, padrões e exemplos compartilhados por uma comunidade para a descrição, explicação e compreensão da realidade. Assim, não é uma simples teoria, mas sim uma estrutura que gera teorias. Uma teoria não é o conhecimento; permite o conhecimento. Uma teoria não é uma chegada. É a possibilidade de uma partida. Uma teoria não é uma solução; é a possibilidade de