Ética e cidadania
Na atualidade os valores éticos estão confusos e sem ao menos termos consciência sucumbimos a estas distorções e fazemos delas a nossa forma de viver. Para melhor conviver, acabamos por ceder a padrões e costumes que vão de encontro à princípios básicos de uma sociedade saudável e promissora. Questões como regras e direcionamentos estabelecidos por uma minoria privilegiada e extremamente poderosa que indiscriminadamente seguimos mesmo sabendo que não são o “ideal”, fazem como que cada vez mais nos afundemos em uma sucessão de erros e falhas que trazem consequências às quais assumimos e arcamos através destes mesmos retrocessos, tornando todo o nosso viver e deixar viver um ciclo vicioso limitado e dependente.
As escolas que outrora eram formadoras de belos e promissores cidadão, hoje são reféns de valores incertos, exigências infundadas e extinção da essência própria do ensinar. Há uma conformidade com o que não é aceitável, pois o “cruzas os braços” é muito mais conveniente do que a busca pelos caminhos perturbadores da dimensão praxiológica. O professor deixou de ser a figura ao qual respeitamos e admiramos, para se tornar um ser sem significado o qual ignoramos. Os alunos hoje são pessoas que passam por cima de qualquer valor e limite para satisfazer uma necessidade que eles desconhecem a importância real e sequer entendem o que seja.
Será que sabemos o que vem a ser ética? Será que entendemos a função e a importância dela? E indo além, sabemos distinguir o que difere a ética da moral? Na verdade não, respeitamos lei, normas e imposições sem questionar, entender e conhecer de verdade o que a fez existir. Confundimos e misturamos estes conceitos no nosso quotidiano sem nos darmos conta de que estamos vivenciando-os. Perpassamos por valores essenciais apenas por uma questão de satisfação de desejos pontuais ao mesmo tempo em que cobramos que o outro respeite tais princípios. Vivemos num grande mar de distorções e as aceitamos de forma