Ética e Capitalismo Foi a partir da modernidade que o capitalismo fortaleceu-se mudando o sistema de produção, as relações sociais e até os ideais da sociedade. Percebe-se que na época da idade média o vínculo que os indivíduos tinha com o catolicismo era suficiente para que tudo fosse coordenado pela igreja. Assim, a ética cristã dominava todo o cenário medieval fazendo com que a sociedade seguisse a vontade divina, se caso isso não acontecesse, as pessoas consideradas hereges eram levadas para fogueira da santa inquisição. Enquanto os burgueses foram se expandindo pelo território paulatinamente, acabando com o sistema feudal e inserindo os ideais capitalistas, a ética cristã foi sendo substituída, em parte, pela ética capitalista. É sob essa visão de substituição da ética cristã pela capitalista que se deve analisar os dias atuais. Já que a busca incessante pelo lucro e pela ascensão social tornou-se mais relevante do que os valores morais cunhados pela igreja, como a família, a solidariedade. Enfim, a sociedade atual concentra-se a visão no homem individual e não mais no social, por isso temos tantas injustiças, pois não há equidade que garanta uma divisão justa de oportunidades beneficiando ao máximo os menos favorecidos como defendia Rawls, há sim uma sociedade materialista, onde o ter é mais relevante que o ser. A ética capitalista tem como fundamento basilar a busca do lucro, fazendo com que todos, mesmo que não queiram, estejam inseridos em um sistema onde devem consumir para satisfazer às suas necessidades que nunca acabam e sempre se transformam e, é claro, para também maximizar os lucros das empresas. Nesse sistema, uma minoria detém o capital que é produzido por uma maioria e distribuído de forma desigual. Com isso, surgem os vários problemas do sistema capitalista, a exemplo da macrocefalia urbana, do aumento das periferias, do elevado número de desabrigados e do fracasso da saúde pública. É necessário que se cunhem valores morais para corrigir essas