Ética a Nicômaco
INTRODUÇÃO
Aristóteles (384 a 322 a. C.) um dos maiores nomes da Filosofia Grega da Antiguidade, preocupou-se em produzir obras que despertasse o homem a ler e refletir sobre o quer almeja, o que realmente o difere dos demais animais. Sua fertilíssima imaginação o levou a criar a filosofia como eixo da vida expressa de forma objetiva aquilo que o ser humano mais deseja ao longo de sua existência: a Felicidade. Sua obra Ética a Nicômaco traduz a sua preocupação com o filho que ele tanto queria bem, mostrando as virtudes que levam um homem a ser e viver feliz. E deixa claro em todas as propostas, que a ética garante as virtudes e a felicidade, o maior bem de cada pessoa.
1 REFERENCIAL TEÓRICO
A preocupação de Aristóteles, expressa há mais de 2300 anos, desperta o leitor para algo que continua ainda hoje e parece que sempre no futuro, como busca incansável. No início do Livro I da Ética a Nicômacos, Aristóteles afirma que “toda arte e toda indagação, assim como toda ação e todo propósito, visam a algum bem; por isso foi dito acertadamente que o bem é aquilo a que todas as coisas visam” (ARISTÓTELES, 1992, 1094 a, p. 17). A exposição destas primeiras ideias caracteriza a ética teleológica de Aristóteles. É natural, ou seja, faz parte da própria essência do homem direcionar todas as ações para uma finalidade, pois sempre que houver ação, necessariamente haverá uma intenção última. Qual seria esta intenção última para a qual se dirige a ação humana?
Se há, então, para as ações que praticamos alguma finalidade que desejamos por si mesmas, sendo tudo mais desejado por causa dela, e se não escolhemos tudo por causa de algo mais (se fosse assim, o processo prosseguiria até o infinito, de tal forma que nosso desejo seria vazio e vão), evidentemente tal