Ética a Nicômaco
Página 121, parágrafo 2: “Vemos que todos os homens entendem por justiça aquela disposição de caráter que torna as pessoas propensas a fazer o que é justo, que as faz agir justamente e desejar o que é justo; e do mesmo modo, por injustiça se entende a disposição que as leva a agir injustamente e a desejar o que é injusto.”
Página 121, parágrafo 3: “Ora, muitas vezes um estado é reconhecido pelo seu contrário, e não menos frequentemente os estados são reconhecidos pelos sujeitos que os manifestam; porque, (a) quando conhecemos a boa condição, a má condição também se torna conhecida; e (b) a boa condição é conhecida pelas coisas que se acham em boa condição, e as segundas pela primeira.”
Página 121, parágrafo 4: “O justo é, portanto, o respeitador da lei e o probo, e o injusto é o homem sem lei e ímprobo.”
Página 121, parágrafo 5: “Visto que o homem injusto é ganancioso, deve ter slgo que ver com os bens – não todos os bens, mas aqueles a que dizem respeito a prosperidade e a adversidade, e que tomados em absoluto são sempre bons, mas nem sempre o são para uma pessoa determinada.”
Página 122, parágrafo 1: “Mas, como o mal menor é, em certo sentido, considerado bom, e a ganância se dirige para o bom, pensa-se que esse homem é ganancioso.”
Página 122, parágrafo 2: “… , as lei têm em mira a vantagem comum, quer de todos, quer dos melhores ou daqueles que detêm o poder ou algo nesse género; de modo que, em certo sentido, chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir e a preservar, para a sociedade política, a felicidade e os elementos que a compõem.”
Página 122, parágrafo 3: “Por isso a justiça é muitas vezes considerada a maior das virtudes, e “nem Vésper, nem a estrela d’alva” são tão admiráveis; e proverbialmente, “na justiça estão compreendidas todas as virtudes. (…) Por isso é considerado verdadeiro o dito de Bias, “que o mando revela o homem”, pois necessariamente quem governa está em relação com outros homens e é um