Ética a nicomaco livro v
O livro V de Ética a Nicômaco, da autoria de Aristóteles, é um tratado sobre a justiça (dikaiosyne) e sobre a injustiça (adikía), estando a primeira baseada na forma como o homem passa a classificar suas relações com o seu semelhante de igual para igual, sendo mister que todos tenham a sua parte, e que essas sejam iguais.
No decorrer deste trabalho explanarei problemas de valores importantes para a sociedade, buscando responder qual é o lugar da ética em nossas vidas, expondo hipóteses encontradas na ética Aristotélica acerca da justiça, e do direito.
Justifico a abordagem deste tema pela necessidade de estudar o problema da justiça como um bem moral nas relações humanas, e pela necessidade de voltar aos principais conceitos propostos por Aristóteles, ressaltando a relevância desta proposta como de vital importância para a Teoria do Conhecimento.
Sendo a filosofia Aristotélica em sua essência uma filosofia conceitual, transcende ao tempo; não deixando apesar disso, de ser riquíssima em seu conteúdo. O estagirita foi um dos principais(senão o principal) transmissores do conhecimento na época clássica, e sua obra foi estudada por séculos ,principalmente na idade média , época em que foi “cultuado” por diversos autores importantes , tal como Tomás de Aquino e Boécio.
Minha intenção nesta exposição é explanar os principais pontos dos 11 capítulos do livro, procurando esclarecê-los de forma clara.
Principais assuntos descritos nos capítulos:
Capítulo I
“No que toca à justiça e à injustiça devemos considerar: (1) com que espécie de ações se relacionam elas;(2) que espécie de meio termo é a justiça; e (3)entre que extremos o ato justo é intermediário.” [1] Aristóteles define como justo[2], o homem que tem caráter indubitável, e que tem suas ações baseadas nas leis de sua comunidade, sendo tido como honesto e assim permanecendo. Afirma em 129a 30: “ O justo é, portanto, o respeitador da lei e o probo, e o injusto