ética utilitarista
Problema: Qual o fundamento da moralidade? Qual o critério para avaliar a moralidade das ações?
Para responder a estas perguntas, vamos ter em conta duas teorias:
1. Uma, a ética de Kant, que diz que o critério é o respeito pelo dever - teoria deontológica ( deontologia, palavra que vem do grego deontos/dever +logos e designa a teoria moral do dever; refere-se, também, ao conjunto de deveres de um grupo profissional, por exemplo, deontologia dos médicos ou dos jornalistas, etc.. Para Kant, defensor de uma teoria deontológica, mentir é errado por princípio, ainda que do ato de mentir resultem benefícios. Kant pergunta por que razão agimos de uma determinada forma?
O fundamento da moralidade das ações é a autonomia da vontade que implica o cumprimento do dever por dever, a independência relativamente às inclinações naturais. O critério para identificar uma ação com valor moral é o caráter incondicional e universalizável da máxima que determina a escolha, ou seja, o caráter da lei moral (imperativo categórico). Somente a vontade boa realiza ações morais, transformando o agente num sujeito moral ou pessoa. O conceito de pessoa só pode ser, portanto, atribuído ao indivíduo que escolheu a autonomia e que, por isso, se tornou fim em si mesmo.
2. Outra defende que o critério são as consequências das ações – teoria consequencialista. Para Stuart Mill, defensor de uma teoria consequencialista, mentir pode justificar-se em função das consequências. Stuart Mill pergunta: que consequências resultam das nossas ações?
A ética utilitarista de Stuart Mill
Stuart Mill afirma que a utilidade ou o princípio da Maior felicidade é o princípio moral em que se baseia o utilitarismo. Segundo este princípio uma ação tem valor moral quando promove a felicidade que é um estado de bem estar, isto é, de prazer e ausência de dor ou sofrimento. Chama-se hedonismo a este tipo de conceção.
O critério para avaliar a moralidade das ações