Ética Politica e Serviço social
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A tese central do artigo é que a definição de uma sociedade emancipada, como o objetivo estratégico da práxis dos
Assistentes Sociais, é um grande avanço para a profissão. E, como todo avanço, enfrenta uma reação conservadora que não deve ser subestimada. Todavia, este avanço não foi realizado sem problemas.
Em especial, ao assumir a forma de um projeto ético-político, sugere uma complementaridade entre a ética e a política que apresenta graves problemas e que, em última análise, é incompatível com definição estratégica da profissão.
Argumenta-se que, no horizonte marxiano, não há ação política que seja ética. Há, entre estes dois complexos, um antagonismo ontológico. A plena vigência ética apenas é possível em uma sociedade para além do capital e, portanto, para além da política. Argumenta-se, também, que esta complementaridade entre ética e política apenas é possível na concepção de mundo (Weltanschauung) idealista, burguesa, com todos os problemas daí decorrentes.
Palavras-chave: ética e política, Marx,
Lukács.
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The central thesis of this article is that the definition of the strategic objective of the praxis of social worker as an emancipated society represents a great advance for the profession. As does any advance, it has confronted a conservative reaction that should not be underestimated. In addition, this advance was not made without difficulties. In particular, by assuming the form of an ethical-political process, it suggested a complementarity between ethics and politics that has serious problems and which, in the final analysis, is incompatible with the strategic definition of the profession mentioned above. The paper argues from a Marxist perspective that no political action is ethical. There is an ontological antagonism between ethics and politics. A completely ethical position is only possible in a