Ética para um jovem
“A ética é a arte de escolher o que mais no convém para vivermos o melhor possível, o objectivo da política é organizar o melhor possível a convivência social, de modo a que cada um possa escolher o que lhe convém.”
No 9º capítulo Savater discursa sobre a relação entre a ética e a política referindo diferenças como o carácter individual para a ética e o colectivo para a política quanto á gestão da liberdade e a importância da intencionalidade das acções para a ética enquanto para a política a importância destina-se somente ao resultado das acções, sendo também os meios menosprezados.
Para o filósofo espanhol a organização política do ponto de vista ético preferível deve assentar nas exigências que a democracia moderna tem tentado, primeiro teórica depois praticamente, implementar: o cumprimento dos Direitos Humanos que segundo Savater é ainda hoje apenas um catálogo de bons princípios e não de efectivas conquistas. Para a existência de uma vida boa de cada indivíduo a comunidade política teria que assentar em três princípios básicos: liberdade, justiça e assistência (comunitária).
Nesta organização política, existiria um grande respeito pela liberdade, o nosso maior bem, e assim ao dar-lhe importância surgiria a responsabilidade social em que cada indivíduo reteria a liberdade segundo as suas acções, ou seja, más acções corresponderiam a menos liberdade. A justiça assentaria na frase de um antigo poeta latino “Sou humano e nada do que humano é pode parecer-me estranho” querendo com isto salientar a igualdade de direitos sem distinções por raça, cor de pele, ou qualquer outro elemento diferenciador (“enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos haverá guerra.” Bob Marley) pois somos todos humanos e temos o direito a assim ser tratados. Cada humano é insubstituível, a sua personalidade fornece-lhe esse carácter por isso matarmos um humano ficará um lugar vazio inocupável na sociedade. Por fim, uma sociedade