Ética no mercado

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Nas últimas duas décadas, vimos desenrolar uma ampla mobilização entre os países pela busca de soluções que viessem melhorar a relação do ser humano com o meio ambiente. Houve, por exemplo, a reunião de Copenhague, em 2009, a Assembléia do Milênio com a participação dos membros das Nações Unidas, em 2000, a assinatura de protocolo de Kioto, em 1997, e a Eco 92, na cidade do Rio de Janeiro. Alguns desses encontros, inclusive, obtiveram resultados frustrantes, mas mobilizaram o mundo a pensar sobre como será o futuro ambiental do planeta.
No mundo corporativo, o tema também começou a fazer parte da agenda de muitas empresas. Diversas organizações começaram a pensar sobre a sustentabilidade e associar a sua imagem e marca com ações voltadas para a responsabilidade sócio-ambiental. Bancos, empresas automobilísticas, indústrias, estatais e companhia de diferentes portes e segmentos aderiram a essa prática. Como resultado, o tema tornou-se papo presente para empresas e consumidores, configurando-se num posicionamento de ética e transparência para quem a adota.
Se antes o intuito era apenas transmitir a imagem de “politicamente correto”, hoje, as questões de responsabilidade sócio/ambiental devem ser genuinamente verdadeiras. E os motivos são os mais variados: pensamento no futuro, consciência ambiental, expectativa de desenvolvimento econômico, busca na diminuição de gastos, exigência dos consumidores, entre muitos outros.
John Elkington – que estuda o movimento de sustentabilidade corporativa há mais de três décadas e é o criador do famoso conceito Triple Bottom Line, que inspirou empresas adotarem relatórios anuais sócio-ambientais – relata que essa mudança de paradigma já iniciou, mas deve ser intensificada. “Teremos nove bilhões de pessoas em 2050 e os recursos naturais não estão garantidos para esse período. É preciso agir agora para que as futuras gerações possam usufruir normalmente”. Para isso, Elkington destaca que é preciso trabalhar em conjunto. “Empresas

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