Ética no Gerenciamento de Projetos
Resenha: Ética no Gerenciamento de Projetos
Diariamente nos deparamos com notícias sobre escândalos éticos: suspeitas de formação de cartel nas licitações do metrô paulistano, ativistas indignados com institutos investigados por protocolos de pesquisa que permitiriam maus tratos aos animais, apenas para citar dois recentes exemplos de grande repercussão. Há 10 anos, Pinedo (2003) já afirmava que existiam poucas empresas realmente éticas atuando no mercado, e infelizmente percebemos que ainda hoje é difícil identificá-las. Como podemos conduzir a sociedade e as empresas para um patamar ético mais elevado?
Ainda segundo Pinedo (2003), o comportamento ético é resultado do crescimento individual e maturidade. Sabemos que a maturidade não é alcançada por métodos tradicionais de aprendizado, portanto não devemos ter a expectativa de que o comportamento ético seja alcançado por estes meios. Cortella (2011) postula que a ética deve ser trazida ao dia a dia da empresa e que os funcionários devem ser incentivados a refletir e agir criticamente acerca das questões que se apresentam.
Eboli (2013) corrobora esta visão, colocando que especialistas propõem exercícios de autodiagnóstico com questões relacionadas a assuntos que gerem dúvidas, tais como: seriam as conseqüências de sua atitude aceitáveis, se você estivesse do outro lado? Antes de tomar uma decisão, você não poderia discutir o problema com as partes interessadas? Como ficaria, se outras pessoas fizessem o mesmo com você? A mesma autora afirma que qualquer organização de grande porte minimamente séria e competitiva já instituiu seu Código de Ética, com as condutas esperadas em todas as esferas de relação entre seus stakeholders. É fato que atualmente não basta a empresa ser excelente no que faz: é necessário legitimar-se em um mercado cada vez mais competitivo através da credibilidade pública.
Observamos em Srour (2008) esta mesma opinião quando ele afirma que as