ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Definição:
No caso do Brasil, a Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1999) sustentam uma perspectiva educacional que inclui a ética no processo de formação escolar. Aparece nos documentos uma proposta de instituir "o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”(BRASIL, 1999, p.46). Os Parâmetros Curriculares Nacionais apresentam a ética como tema transversal e reforçam que "o desenvolvimento de atitudes e valores [é] tão essencial quanto o aprendizado de conceitos e procedimentos" (BRASIL, 1998, p.62). Para La Taille (1997, p.7), as propostas de formação ética pressupõem "um trabalho pedagógico explícito, específico e sistemático de análise de valores, de aprendizagem de conceitos e práticas e de desenvolvimento de atitudes que favoreçam a vida democrática”, justificando o papel institucional da escola nas questões sobre ética. As discussões que incluem a moralidade na escola, permeando os conteúdos de todas as disciplinas, no entanto, geram algumas necessidades. Duas delas, por exemplo, são: i) que as formações inicial e contínua de docentes contemplem e oportunizem tais experiências; ii) que as pesquisas em ensino de Ciências também se voltem para tais questões.Tomando-se por base esses pressupostos e os resultados de pesquisa (RAZERA, 2000; RAZERA; NARDI, 2001, 2003) sobre o posicionamento docente no ensino de temas que podem gerar controvérsias, como o debate entre criacionismo e evolucionismo, este artigo apresenta uma reflexão teórico-empírica incidindo sobre algumas das correlações e inerências entre ensino de Ciências e desenvolvimento moral (na perspectiva das teorias de Piaget e Kohlberg).
Objetivo:
Nos labirintos da moral (CORTELLA; LA TAILLE,