EBOLA
Sua mensagem explicava que o sangue era de uma freira, também belga, contaminada por uma doença misteriosa.
Piot abriu a garrafa e viu que um dos frascos havia quebrado e o sangue havia se misturado com a água do gelo derretido.
A medida em que o sangue vazava na água gelada um vírus mortal também escapava.
Os cientistas colocaram algumas das células sob um microscópio e se surpreenderam. Era uma estrutura que lembrava a de um ‘’verme gigantesco para os padrões virais’’.
Logo os pesquisadores foram informados de que a freira no Zare havia morrido.
Os sintomas incluem febre, diarréia, vômito seguido de sangramento e por fim, morte.
O vírus foi batizado com nome de rio para evitar estigma na comunidade.
Passaram-se 38 anos desde o surto inicial e o mundo está vivendo a pior epidemia de ebola que já ocorreu, mais de 600 pessoas morreram nos países africanos da Guiné, Libéria e Serra Leoa totalizando 3865 mortes até o fim do dia 05 de outubro.
Na ausência de vacina e tratamento, o conselho é quase o mesmo da década de 70 ‘’sabão, luvas, isolamento do pacientes, não reutilização de agulhas e quarentena aos que tiveram contato com as pessoas que estão doentes.
As crenças levam alguns a confundir a doença com bruxaria.
É como uma gripe. Não existe remédio para matar o vírus da gripe, é o corpo que responde e mata o vírus. A diferença é que o vírus do ebola é muito mais agressivo que uma gripe.
Ao sair da área de isolamento do hospital, os pacientes tomam um banho de cloro e ganham roupas novas, já que as antigas estão contaminadas. São recebidos pelos médicos com um abraço, para que percam o estigma de "contagiosos" e voltem a ser aceitos pela comunidade. A doença é cercada de preconceito.
O ebola mata por falência múltipla dos órgãos. O fígado e os