Ética na contabilidade
Caso Parmalat: Tudo começou em 1999, quando a empresa já operava com leve prejuízo e abriu uma subsidiária nas Ilhas Cayman, um paraíso fiscal que garantia sigilo absoluto na aplicação de recursos, prejuízos e dívidas eram “repassados” à Bonlat, uma espécie de “empresa associada”, e excluídos do balanço da Parmalat. Já final de 2003, a companhia anuncia publicamente um investimento de 500 milhões de euros no fundo Epicurum, curiosamente administrado por uma empresa ligada à Parmalat com sede nas Ilhas Cayman. Praticamente no mesmo instante, a Standard & Poors, percebeu que o investimento estava um pouco estranho e baixou a notação dos títulos da empresa. Assim fazendo as ações caírem drasticamente, já a Parmalat para acalmar o mercado dizia ter 3,95 bilhões em um banco nas ilhas Cayman.
Atitudes como divulgar documentos manipulados, anunciar falsos investimentos (usados para cobrir graves falhas), maquiar o balanço contábil usando empresas em paraísos fiscais ou inflar o lucro são considerados crimes, e é por isso que a justiça brasileira e a italiana, por exemplo, exigem um rodízio de auditorias. No Brasil, sob lei regulamentadora da CVM1 de 1999, a empresa é obrigada a trocar de firma de auditoria de 5 em 5 anos.
A Parmalat feriu gravemente o código de ética no que diz respeito à transparência dos dados divulgados ao investidor, causando um prejuízo de aproximamente 14 bilhões de euros fazendo com que11 pessoas foram presas e todos foram considerados culpados em diferentes graus de agiotagem, especulação e falsidade em documentação contábil.
Caso Enron:
A Enron se tornou realmente conhecida quando percebeu que energia, água e produtos como linhas de telecomunicação poderiam ser negociados como commodities, passando a atuar como uma espécie de grande corretora do setor de energia: comprando, vendendo e fazendo apostas financeiras muito maiores do que os negócios