Ética na comunicação
1. Conceito de Comunicação
De imediato, podemos classificar a comunicação conforme propõem os dicionários, assim o termo seria apenas mais um substantivo feminino: “1. ato de comunicar; informação, aviso; 2. passagem, caminho, ligação”. (ROCHA 1997, p.154). Mas tal classificação, além de insuficiente para descrever o fenômeno, se serve do longo processo de desenvolvimento da linguagem para simplificar um dos fenômenos mais importante da socialização, cujos limites sempre estão por vir, conforme ressalta Baitello Júnior (1998, p.11).
Resgatando o termo em sua etimologia Marques de Melo (1975, p. 14) lembra que “comunicação vem do latim ‘communis’, comum. O que introduz a ideia de comunhão, comunidade” (grifos do autor). Mas, se falamos em “processo de comunicação”, cabe também uma rápida inspeção no termo “processo”. Berlo (1991, p. 33) assim descreve sua aceitação do termo.
Um dicionário, pelo menos, define “processo” como “qualquer fenômeno que apresente contínua mudança no tempo”, ou “qualquer operação ou tratamento contínuo”. Quinhentos anos do nascimento de Cristo, Heráclito destacou a importância do conceito de processo, ao declarar que um homem não pode entrar duas vezes no mesmo rio; o homem será diferente e assim também o rio. [...] Se aceitarmos o conceito de processo, veremos os acontecimentos e as relações como dinâmicos, em evolução, sempre em mudança, contínuos. [...] Não é coisa estática, parada. É móvel. Os ingredientes do processo agem uns sobre os outros; cada um influencia todos os demais.
Acolhendo o pressuposto de Sousa (2006, p. 28) assume o conceito de comunicação como processo, em razão de que o termo “designa um fenômeno contínuo [...] com sua evolução em interação”.
O ser humano é um “sistema” aberto em constante intercâmbio consigo próprio (vida interior mental e visceral) e com o mundo ambiental. Isso só é possível graças aos elementos e órgãos que forma o Conjunto SENSORIAL (órgãos do sentido, sensibilidade à dor, etc., etc.)