Ética na administração pública
O mundo em que vivemos está em constante transformação, renovação e criação, em muitos aspectos de uma forma extremamente rápida e profunda. O que ontem era desconhecido e marginalizado pode hoje ser a norma dominante. Toda esta mudança levanta em cada momento um sem número de questões e dúvidas a que procuramos constantemente responder.
O comportamento moral rege-se essencialmente pelo cumprimento de regras que visam estabelecer um comportamento correcto nas acções humanas. Estas regras são assumidas pela pessoa a fim de garantir uma vivência justa e correcta, e representam um referencial a seguir. O comportamento moral revela o estado de maturidade de cada um, na medida em que é capaz de guiar as suas acções e assumir as suas responsabilidades tendo em conta a sua relação com o mundo que o rodeia. Apesar de estarem próximas, a ética, ao contrário da moral, não estabelece princípios ou regras, dedica-se a uma reflexão sobre a acção humana e as regras morais que a sustentam, procurando justificativas para a definição do que é correcto e do que não o é.
Procurou-se com este trabalho, não descrever um qualquer código de ética, mas antes transmitir a necessidade da existência de uma consciência ética que oriente a actividade profissional de todos nós, e em particular dos gestores bancários. O cumprimento da ética profissional não deve começar no conjunto de regras que os códigos de ética compilam, mas sim na consciência de quem tem o dever de os pôr em prática.
Conceituação
É extremamente importante saber diferenciar a Ética da Moral e do Direito. Estas três áreas de conhecimento se distinguem, porém têm grandes vínculos e até mesmo sobreposições.
Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam.
A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-viver. A Moral não depende das fronteiras geográficas e