ÉTICA E MORAL – CONSIDERAÇÕES GERAIS Todas as culturas e todas as sociedades instituem uma moral, isto é, um conjunto de valores que dizem respeito ao bem e ao mal, ao que pode ser feito e ao que é vedado, e ao que é considerada uma conduta correta, isto é, válida para todos os membros das culturas e sociedades. A seguir algumas definições de moral numa tentativa de clarear o assunto: Moral: “Ciência do bem e do mal” Moral: “Ciência dos deveres e virtudes” Moral: “Ciência da felicidade ou do fim da atividade humana” Moral: “Ciência do destino humano” Moral: “Conjunto de regras que determinam o comportamento dos indivíduos na sociedade” Exterior e anterior ao indivíduo, há uma moral constituída que orienta o comportamento do homem por meio de normas. O ato será considerado moral ou imoral de acordo com a sua adequação ou não à uma norma previamente estabelecida, em um grupo ou numa sociedade. Fazendo uma viagem retrospectiva no tempo, vemos que estas questões relativas ao bem e ao mal foram tratadas por primeiro pelo filósofo grego Sócrates [470 - 399 ac]. Isto sabemos pelos escritos de Aristóteles [384 – 322 ac] e Platão [427 – 347 ac]. As discussões Socráticas a respeito do bem e do mal deram início ao que chamamos hoje de ética ou filosofia moral, porque falam claramente a respeito do campo em que se situam os valores e as obrigações morais, dando como ponto de partida a consciência do agente moral, isto é, do homem. Sócrates diz, então, que “é sujeito ético moral somente aquele que sabe o que faz (tem consciência), conhece as causas e os fins da sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes, e a essência, isto é, o íntimo dos valores morais”. Sócrates vai mais longe quando diz que “somente o ignorante é vicioso ou incapaz da virtude, pois quem sabe o que é o bem, não pode deixar de praticá-lo, isto é, agir virtuosamente”. Vejamos agora o que é virtude. É a permanente disposição de querer o bem, quer dizer, ter a coragem de assumir os valores