Ética Cristã
Podemos encontrar no Antigo Testamento os seguintes termos em hebraico.
Pecha – “Rebelar”, “transgredir” ou “revoltar” (1Rs 12.19; 2Rs 3.5; Sl 51.13; Is 1.2); Aon – “Iniquidade” ou “culpa” (1Sm 3.13; Is 53.6; Nm 15.30-31);
Shagah – “Errar” ou “extraviar-se” como uma ovelha ou um bêbado (Is 28.7; Nm 15.22); Asham – Significa “culpado”, tem a ideia de “culpa perante Deus” e aparece muito em rituais no tabernáculo e no templo (Lv 4.13; 5.2-3);
Com o estudo dessas palavras hebraicas podemos chegar a estas conclusões sobre o pecado:
a) O pecado pode assumir muitas formas e cada homem podia estar ciente da forma particular do seu pecado;
b) O pecado é aquilo que contraria uma norma e, por fim, acaba sendo desobediência a Deus;
c) A desobediência envolve tanto a omissão como o erro deliberado. O pecado também não é apenas errar o alvo, mas acertar o lugar errado.
Assim, no Antigo Testamento é claro que pecado é visto como uma transgressão direta à Lei de Deus, evidenciado por um erro moral que torna culpado diante de Deus. CONCEITO DE PECADO NOVO TESTAMENTO
No NovoTestamento podemos encontrar as seguintes palavras normalmente encontradas com o sentido de pecado.
Kakós – Significa “algo ruim”. Pode referir-se a um mal físico, mas normalmente indica um mal moral (Mt 21.41; Mc 7.21; At 9.13; Rm 12.17);
Ponerós – Termo básico para mal e quase sempre indica mal moral (Mt 7.11; Rm 12.9). Também é usado para referir-se a Satanás (Mt 13.19,38; 1Jo 2.13-14). Demônios também são chamados de “espíritos malignos” (Lc 11.26; At 19.12); Asebês – Significa “ímpio” e designa aqueles que não foram salvos (Rm 4.5; 5.6; 1Tm 1.9; 1Pe 4.18);
O estudo dessas palavras gregas nos leva a algumas conclusões sobre o pecado:
a) Sempre existe um padrão claro contra o qual o pecado é cometido;
b) No final de tudo, o pecado é uma rebelião contra Deus e uma transgressão de seus padrões;