Ética contemporânea: uma nova proposta

Ética contemporânea: uma nova proposta

Luciano do Nascimento Rodrigues1

O presente artigo nos oferece uma reflexão a respeito da ética vivida pelo homem contemporâneo. Possibilitando assim uma compreensão de nosso tempo a partir da causa final de Aristóteles, que segundo o autor, o homem tem como “objetivo final” a sua felicidade. Podemos observar que do ponto de vista ético, tal objetivo na contemporaneidade sofre uma deturpação devido o aparecimento da técnica que anula passado e futuro e pauta-se somente no presente pelo empirismo, poderíamos ilustrar tal situação com o termo utilizado por muitos teóricos do nosso tempo, a sociedade hoje faz nascer o homem concreto.
Introdução
Ao iniciarmos nosso artigo se faz necessário uma definição do conceito ética: vem do termo grego ethos que significa o conjunto de condutas morais pelas quais o grupo humano, mesmo antes de qualquer prescrição codificada, busca padrões de viver e conviver que lhes garantam sua preservação e desenvolvimento. Temos, portanto, uma definição clara do fundamento ético em nossa existência, ou seja, o homem através da ética faz do cosmo sua morada e dentro deste ele busca uma maneira de preservação, conservação e perpetuação da espécie. Ao analisarmos desde o período clássico o homem teve esse fundamento ético presente no dia-a-dia de sua vida, percorrendo, um processo claro e logico de preservação, quando, observamos a historia e seu caráter linear. Ao nos depararmos com a sociedade de hoje vemos que toda a estrutura ética e moral que se consolidou hoje foi um caminho percorrido pela historia, Pedro (2001) nos diz que: Weber irá definir a modernidade como o “desencantamento” do mundo. E a sociedade hoje se baseia nesse pensamento não que o mundo não nos ofereça mais nada, pelo contrario, nos oferece até demais com a técnica, o desencantamento se refere a nossa capacidade de pensar, hoje não pensamos a técnica pensa por nós. O que interfere diretamente no campo ético, pois a