Ética Aristotélica
Deus, assim como as leis da natureza, é algo necessário, logo, faz parte do que Aristóteles chama de "razão teórica", então, independe de ações humanas e as coisas seguirão necessariamente segundo a vontade de Deus.
Para comparar a afirmação "Se Deus está morto e a alma é mortal, tudo é permitido" com a ética aristotélica, é importante acrescentar o pensamento de Immanuel Kant, onde ele diz que precisa-se do dever e da ética pra nos tornarmos seres morais e para a ética e a moral se estabelecerem, é necessário uma figura divina. Se comparado a filosofia de Kant, a frase seria verdadeira, já que se Deus é quem leva muitas das pessoas as seguirem essas predeterminadas regras impostas pela sociedade, conclui-se que sem ele tudo então seria permitido. Os conceitos de ética deixariam de ser levados em consideração pois se Deus está morto, a alma, que é uma criação divina, estaria morta e portanto tudo que é considerado errado na concepção humana deixaria de ser errado, fazendo com que não tenhamos limites, por exemplo, para raciocinar novas possibilidades sem restrições.
Kant contradiz Aristóteles porque segundo ele, "se Deus está morto e a alma é mortal", tudo o que impõe limites no homem é a figura divina, enquanto Aristóteles diz que usando o livre arbítrio e a razão sabe o que é certo e errado.