Érico Veríssimo
Érico Veríssimo era de uma família arruinada financeiramente e exerceu várias profissões na juventude.
Foi farmacêutico mas, sua farmácia faliu porque se desentendia com os fregueses, recusava-se a vender certos remédios, passava o tempo todo lendo Ibsen, ocupava-se escrevendo no papel de embrulho da farmácia e principalmente porque morava em frente do estabelecimento uma garota de olhos azuis, chamada Mafalda, com quem se casaria e teria seus dois filhos.
Deixou o interior do Rio Grande do Sul, após a separação dos pais e foi para Porto Alegre, onde foi jornalista e secretário de revista. Trabalhando na Editora Globo, tornou-se grande amigo de Henrique Bertaso, filho do dono, de quem escreveu uma biografia.
Veríssimo traduzia e trabalhava durante a semana e escrevia durante os fins de semana. Até a publicação de Olhai os Lírios do Campo, Veríssimo não tinha popularidade.
Fortemente antifascista, assinou um manifesto em 1935 contra o fascismo e isso lhe rendeu algumas (falsas) acusações de comunista.
Sentindo-se sufocado pelo Estado Novo, aceitou em 1943 um cargo como professor universitário nos EUA. Sem ter completado oficialmente o segundo grau, foi ensinar na Universidade de Berkeley, na Califórnia. Viajou muito, especialmente quando nos anos 50 teve um cargo na União Pan-Americana.
Entre as obras mais famosas de Érico Veríssimo estão:
Clarissa, Música ao longe, Caminhos Cruzados, Um lugar ao Sol, Olhai os Lírios do Campo, Saga e O resto é silêncio (primeira fase, romances urbanos);
O Tempo e O Vento (a mais famosa), dividido em três partes: O Continente, O Retrato e O Arquipélago (segunda fase, romances históricos);
O Senhor embaixador, O prisioneiro e Incidente em Antares (terceira fase, romances políticos).
Escreveu também Noite (a ovelha negra de sua bibliografia, como ele chamava) e outras coisas: livros infantis, roteiros de viagem, biografias, uma