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CAPITULO 1 – Trajetória Histórica da Leitura e escrita na Educação do Brasil

Como sabemos, não há presente sem passado, e para ocorrer avanços; tecnológico, social, humano ou cultural é necessário pesquisas, estudos, ações e experimentos.
“O ser humano é o único animal que, além de usar instrumentos materiais – as mãos, uma vara, ferramentas e máquinas -,usa também sua imaginação, o pensamento e a fala para dominar e manipular a realidade física e social. O homem é o único animal que projeta alguma coisa e a realiza. O resultado da atividade humana é a transformação da realidade. A história é a história dessa mudança”. (MATUI, 2003, p.62)

Em nossa história, desde o descobrimento do Brasil, os jesuítas portugueses tinham a missão de catequizar os primeiros habitantes de nosso país, (os indígenas) convertendo – os à religião católica, não no sentido de alfabetizá-los, mas sim, ensiná-los costumes e hábitos da cultura européia. A presença da família real de certa forma trouxe parte da cultura européia, e de 1810 a 1816 com inauguração da Biblioteca Real, embora os livros trazidos de Portugal, houve também a presença estrangeira de médicos, geógrafos e outros profissionais. Dom João criou as escolas de Cirurgia e Academia da marinha, mas a acessibilidade voltada para alta sociedade. As mudanças para a maioria do povo eram restritas, e sem estrutura e condição para lutar pela educação, tínhamos um país de uma sociedade analfabeta. O Brasil foi colonizado por Portugal e os governantes só visavam as riquezas brasileiras, no entanto, educar a classe baixa, não era prioridade.
A independência do Brasil, só ocorreu em 1822, uma política educacional não fazia parte dos projetos da classe política da época, pois os cafeicultores, senhores de engenhos, enfim, os latifundiários buscavam proteger o seu patrimônio, logo a sociedade era escravizada e as crianças das classes menos favorecidas tinham que ajudar a família e não eram beneficiadas com ato de ler e