Épido re
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Estudos Literários Não obstante os séculos que nos separam da Antiguidade Clássica Grega, as tragédias gregas, ainda, exercem forte atração sobre nós. Entre elas, merece destaque a de Édipo Rei, escrita por Sófocles (496-406 a.C.) em data ignorada e composta de três notáveis obras: Édipo Rei, Édipo em Colona e Édipo em Antígona. Na primeira, Sófocles narra à história de Édipo (filho dos reis de Tebas, Laio e Jocasta), condenado pelo oráculo a matar seu pai e, sem saber, casar-se com sua mãe. Apesar de ser muito conhecida, acredito que, ainda, há muitos que não a conhecem. Por isso, apresento-lhes um resumo das três tragédias, que no fundo é um drama familiar que se estende por três gerações.
Édipo Rei ou Rei Édipo (resumo)
Laio, rei de Tebas, casou-se com Jocasta, irmã de Creonte. Como dessa união nenhum filho nascia, Laio e Jocasta dirigiram-se a Delfos para perguntar a Apolo se o casamento deles seria fecundo. A sacerdotisa de Apolo, Pitonisa, respondeu que nasceria um filho, mas que este filho, quando chegasse à idade adulta, mataria o pai, casaria com a mãe e lançaria sua família no luto e no sangue.
Algum tempo depois, Jocasta deu a luz a um filho. Laio, horrorizado, mandou que o filho fosse abandonado no bosque, depois de ter ordenado que lhe furassem os pés para pendurá-lo numa árvore. Um pastor do rei de Corinto, Políbio, o encontrou ainda com vida e levou-o ao rei. Como a Rainha não tinha descendente, adotou o menino e chamou-o de Édipo, que significa "o de pés inchados".
Já adolescente, o príncipe de Corinto é insultado por um bêbado, que o acusa de ser filho ilegítimo de Políbio. Por isso, não tinha o direito de pertencer à família real. Embora o rei procure tranquilizar Édipo, este, perturbado, tomou o caminho sagrado que levava a Delfos, para recorrer ao Oráculo e esclarecer o mistério que envolvia seu nascimento. O oráculo evita responder à sua dúvida,